Sindicato Rural é parceiro na realização do 1º curso de Combate e Repreensão de Crimes Rurais de MT

Redação PH

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Sindicato Rural é parceiro na realização do 1º curso de Combate e Repreensão de Crimes Rurais de MT

Teve início nesta semana em São José do Rio Claro o 1° curso de Combate e Repreensão a Crimes Rurais em Mato Grosso. O curso é realizado pela Academia de Polícia Judiciária Civil do Estado de Mato Grosso (Acadepol) em parceria com o Sindicato Rural do município.

Participam 40 policiais civis da regional de Nova Mutum. A primeira etapa de 60 horas começou dia 15 de maio e vai até amanhã (20), no Sindicato Rural de São José do Rio Claro, no médio-norte de Mato Grosso. A segunda será de instruções sobre práticas operacionais, com metodologias, mecanismos, aplicação de exercícios e diligências.

A proposta visa orientar os policiais na identificação de documentos e guias, notas fiscais, origem, manuseio, transporte de animais, defensivos agrícolas, madeiras e equipamentos, bem como a abordagem de legislação e fiscalização, de modo a coibir a prática ilícita de furtos que geram prejuízos milionários no meio rural.

De acordo com o investigador da Polícia Judiciária Civil (PJC) Rodrigo Matos Emiliano, idealizador do projeto, o índice de crimes rurais tem aumentado assustadoramente e a falta de preparo dos policiais dificulta a identificação desses crimes. “A segurança pública de Mato Grosso é deficitária sobre os procedimentos diante de delitos contra bens e patrimônios cometidos por quadrilhas especializadas. Observando essa deficiência, apresentamos o problema ao delegado Carlos Fernando da Cunha, diretor da Academia de Polícia, que logo acreditou na proposta. Daí então, iniciamos as articulações para colocar o projeto em prática. O que pretendemos é levar conhecimento e preparo aos membros da segurança pública e segurança ao campo”, assinalou Emiliano.

O presidente do Sindicato Rural Aparecido Rodrigues disse que a insegurança bate com frequência na porta dos produtores rurais e essa iniciativa pode ser a “chave” para a solução da falta de segurança no campo. “A insegurança é uma grande preocupação de quem vive no campo. Os produtores estão vivendo uma situação dramática com assaltos e furtos que aumentam cada vez mais. E mesmo com os esforços e trabalhos desenvolvidos pela segurança pública, não são suficientes para garantir a segurança no campo, uma vez que os policiais não estão preparados para atuarem nesse tipo de crime e o curso vem ao encontro dessa necessidade. O curso vai preparar e qualificar policiais para detectar quando se trata de um crime rural”, disse o Rodrigues.

Segundo levantamento da Secretária de Estado de Segurança Pública (Sesp), de janeiro a novembro de 2016 foram registrados 187 roubos em propriedades rurais mato-grossenses. O número é maior do que o registrado em todo o ano de 2015, que somou 161 ocorrências.

O furto de animais bovinos, equinos, ovinos, caprinos e suínos também é um crime praticado no estado. Somente de janeiro a agosto de 2016, foram registrados 246 casos. Já em 2015, de janeiro a dezembro, foram 347 furtos. Segundo Emiliano nem todas as transgressões são levadas ao conhecimento da segurança pública.

Emiliano está otimista com o projeto e acredita que a iniciativa deve ser estendida para todo o estado de Mato Grosso. “Se conseguirmos levar o curso a todas as regionais do estado, vamos conseguir qualificar cerca de 500 policiais para atuarem diretamente no combate e repreensão ao crime rural. E para que isso aconteça queremos contar com o apoio dos Sindicatos Rurais do estado”, afirmou.

O curso também conta com a parceria da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), prefeitura e Câmara Municipal.

Ações- Aliada às iniciativas da segurança pública, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) criou, por meio do Observatório da Criminalidade no Campo, disponível no site cnabrasil.org.br, um formulário com o objetivo de traçar um diagnóstico e propor ações que combatam a violência que atinge o produtor rural e seus familiares. De acordo com a CNA, as informações serão mantidas em sigilo. As estatísticas de ações criminosas e os dados serão fornecidos aos órgãos competentes para que tomem as providências adequadas.

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