A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde, informou que só vai negociar e discutir a pauta de reinvindicações dos indígenas das etnias Terena e Maben-Groke após a liberação de trecho da BR-163, em Mato Grosso, que está bloqueado há cinco dias. Mais de 50 índios realizam protesto no km 943 da rodovia por melhorias na área da saúde nas aldeias da região Norte e pedem a exoneração da coordenadora da unidade do Sesai em Colíder, Sanna Rochelle Aparecida Silva Sarmento.

A assessoria de imprensa informou que a instituição tem conversado com o grupo por telefone e disse que está aberta ao diálogo, como também tem intensificado as ações de atenção à saúde indígena. Porém, declarou aos indígenas que não irá atendê-los enquanto a rodovia estar interditada e a sede da Sesai de Colíder estiver ocupada pelos grupos.

Ao G1, líderes do movimento indígena anunciaram que não vão suspender o protesto na BR-163 e nem pretendem deixar a sede regional da instituição. Até a publicação desta reportagem, a rodovia continuava bloqueada pelos índios, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A interdição ocorre pelo 5º dia, no km 943, entre os municípios de Itaúba e Nova Santa Helena, 599 e 622 km de Cuiabá, na região Norte do estado. Os índios também cobram melhorias de infraestrutura, bem como a conclusão das obras de um posto de saúde e remédios nas aldeias em que vivem. A Sesai pontua que o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) 'Caiapó', em Mato Grosso, recebeu quatro médicos por meio do programa e que no último semestre também recebeu três remessas de medicamentos que foram destinados ao atendimento dos índios da região.