Os servidores do Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF-MT) estão em greve desde quarta-feira (18), por tempo indeterminado, para pedir aumento salarial de 27% e melhorias nas condições de trabalho, como redução da jornada para seis horas e pagamento de hora extra por plantão, além de reajuste no auxílio-creche e auxílio-alimentação. Os técnicos e analistas afirmam que não recebem reajuste salarial há nove anos. Segundo a categoria, o acúmulo de perdas inflacionárias chega a 56%. Os grevistas informaram ainda que estão respeitando o percentual mínimo de 30% de servidores em atividade.

De acordo com informações dos grevistas, ainda não há posicionamento da administração do Ministério Público da União que garanta que as reivindicações serão atendidas.

O salário base inicial de um técnico do MPF, que é cargo de nivel médio, é de R$ 2,8 mil, podendo chegar a R$ 4,2 mil no final da carreira – que tem 13 níveis. Já os analistas, cargo de nível superior, têm salário base que podem variar entre R$ 4,6 mil, no começo da carreira, e R$ 6,9 mil, já no final da carreira, que também tem 13 níveis.

Os servidores pedem ainda a aprovação do projeto de lei 7919/2014, que dispõe sobre melhorias nas carreiras dos servidores públicos federais, o pagamento de adicional de tempo de serviço, reenquadramento de servidores em final de carreira, incorporação do índice de 13,23% referentes ao reajuste de 2003, redução do prazo da remoção e a volta da relotação, pagamento de gratificação de perícia sem condicionamento e regulamentação do plantão nacionalmente.

As investigações em andamento no MPF-MT devem ser afetadas. A exceção deve ficar por conta da Ararath, que apura crimes financeiros do estado, cuja investigação tem participação de servidores de outros estados, por meio de uma força-tarefa criada por determinação do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF).