Serginho comemora boa resposta na volta à seleção

Redação PH

Redação PH

Serginho comemora boa resposta na volta à seleção

A preocupação foi se desfazendo aos poucos. Beirando os 40 anos, sem ter uma temporada tão longa desde que havia deixado a seleção após as Olimpíadas de Londres 2012, havia um receio da comissão técnica de como Serginho reagiria a treinos e jogos tão intensos. A resposta dada ao longo da temporada com a equipe nacional surpreendeu até mesmo o campeão olímpico. E tem merecido os elogios de Bernardinho e dos companheiros, que aprendem com ele todos os dias. Os de longa data e os que chegaram agora, como Tiago Brendle. Os dois serão os líberos do Brasil no Sul-Americano, de 30 de setembro a 4 de outubro em Maceió.

Fiquei muito feliz pelo que joguei, pelo que rendi, pela forma que treinei. Fiz tudo o que tinha que fazer. Estou muito feliz com a minha volta, principalmente pelo ritmo de treino e por ter feito tudo sem reclamar. Respondi muito bem. Eu esperava que ia sofrer mais, sinceramente. Mas estou sendo presenteado pelos anos de vôlei que me dediquei e cuidei do meu corpo. Não bebo, não fumo, não sou de festa. A parte de repouso sempre foi respeitada, sempre dormi antes do treino da tarde e acho que isso está me ajudando bastante.

Fiz bons jogos com a seleção. Não teve um que me lembre de ter jogado mal ou prejudicado a equipe. Agora vamos disputar o Sul-Americano para encerrar o ano bem. A gente acha que a Argentina deve vir com seleção B porque está terminando a participação na Copa do Mundo. A gente sabe que nível técnico vai cair bastante e temos que treinar e nos condicionar para chegar bem aos clubes, porque depois tem Paulista – disse Serginho.

A atuação na série de amistosos internacionais – jogou apenas a primeira parte da excursão, contra Estados Unidos e Canadá – foi considerada muito positiva pelo técnico Bernardinho.

– Tínhamos um certo receio com relação ao volume, como Serginho ia lidar com isso. Ele foi muito bem na excursão, onde fez seis jogos. Contra os Estados Unidos, segurou uma pressão no saque enorme que o time americano colocou. Cresceu em relação a Liga Mundial. Depois de um hiato jogando com seleções de nível internacional, ele jogou muito bem. Fisicamente Serginho está bem, resistindo a um bom volume de treinamento, com a motivação de um recém-chegado e cobrando dos outros. O exemplo dele nesse aspecto é extremamente positivo – afirmou o técnico.

Brendle que o diga. Aos 29 anos, o gaúcho recebe de bom grado todas as orientações dadas por Serginho. Em sua primeira chance na seleção adulta, tem procurado incorporar ao seu jogo características de Serginho e Mário Jr. A seriedade no trabalho tem rendido elogios de Bernardinho, que o considera o melhor defensor no momento, mas ressalta a necessidade de evolução no passe. O treinador ainda destaca sua boa atuação nos amistosos contra a França, atual campeã da Liga Mundial.

– Encaro esta temporada como uma oportunidade e os elogios servem como fator de motivação. Quero poder produzir para o grupo, ter bons resultados, quero aproveitar. Tem pequenos detalhes que fico observando, que incorporo ao meu jogo e que valem muito. Serginho e Mário têm experiência de jogo em nível internacional, reparo bastante neles para que eu possa atingir isso logo mais.Serginho tem aquela leitura de jogo, consegue se posicionar e antecipar as ações. Essa é uma busca que tenho. Ele é uma pessoa muito descontraída, divertida. Dentro da quadra dá toques importantes, é centrado, ajuda os companheiros. É um grande atleta e uma grande pessoa. Me ajuda bastante nessa minha caminhada na seleção. Antes eu não tinha muito contato com ele e está sendo muito bom conhecê-lo. Tem todo o mito em cima dele, mas é humilde e merece o reconhecimento que tem – afirmou Brendle.

Serginho diz que o líbero com pinta de roqueiro, guitarrista nas horas vagas e fã de Led Zeppelin chegou com a postura correta. Gosta de treinar, tem fome de aprendizado e ouvidos bem abertos. Prevê para ele "um futuro brilhante na seleção".

– A gente está sempre junto, conversando. Ele é muito dedicado e com essa vivência com outros jogadores, de jogar em alto nível, está sendo algo muito bom para ele. Ele é muito de grupo, de trabalho. É um menino que pode ser lapidado muito mais, que pode evoluir muito mais no seu padrão de jogo, no conjunto todo que um líbero precisa ter.

+ Acessados

Veja Também