SENAI Rondonópolis recebe grupo para discutir mercado de trabalho para jovens e pessoas com deficiência

Grupo de empresários, entidades, sindicatos e associações que participou do workshop de sensibilização nesta terça-feira, 30 de outubro, no SENAI Rondonópolis (Crédito: Fundação Bunge)

SENAI Rondonópolis recebe grupo para discutir mercado de trabalho para jovens e pessoas com deficiência

Empresários e representantes de associações, sindicatos, entidades e prefeitura de Rondonópolis se reuniram mais uma vez, nesta terça-feira, 30 de outubro, para dar continuidade na primeira fase do projeto que pretende ampliar a política de investimento social para jovens e pessoas com deficiência na cidade.

O encontro aconteceu no SENAI Rondonópolis e reuniu mais de 50 pessoas da ACIR, Amaggi, Grupo Bom Jesus, Bunge, Centroeste Resíduos, Grupo Petrópolis, Concresul Engenharia, CRAS, Departamento de proteção social básica de Rondonópolis, FERTIMIG, Fundação André e Lucia Maggi, Fundação Bunge, Grupo FAAT, Kobra, NC Imóveis, Nutripura, Polato Sementes, Prefeitura Municipal de Rondonópolis, Randstad, Rumo, Secretaria de Promoção e Assistência Social, Secretaria Municipal da Saúde, Sementes Petrovina, SESI, SEST/ SENAT, SIAR-SUL, SINDIMEC, SINE, TMG, UNIC, Vara da Infância e Juventude de Rondonópolis, WAF Administradora de Empresa.

Na ocasião, foi ministrado mais um workshop de sensibilização, que tratou de diversidade e vieses inconscientes. A atividade integra um projeto social que visa a oferecer qualificação e inserção para jovens aprendizes e pessoas com deficiência no mercado de trabalho da região.

Um dos primeiros resultados é uma parceria entre a Secretaria de Assistência Social de Rondonópolis e o SENAI, que está oferecendo mais de 1.500 vagas para cursos de profissionalização.

Juliana dos Anjos, da Fundação André e Lucia Maggi, uma das participantes do projeto, comentou sobre a importância do encontro desta terça-feira.

“É muito importante ver que as pessoas estão estáticas, mas não são estáticas. O ser humano é passível de mudança sempre e esta iniciativa também é uma oportunidade de rever os nossos conceitos e aprender a ter um novo olhar sobre o outro”, disse.

Claudia Calais, diretora executiva da Fundação Bunge, explica que o projeto está construindo uma Rede de Trabalho para promover inclusão e influenciar políticas públicas para emprego e renda na região.

“Estamos reunindo diversos setores da cidade para que cada um, com a sua expertise, contribua da melhor maneira para atender jovens e as pessoas com deficiência. Não é filantropia, mas o desejo de estabelecer um equilíbrio neste ciclo: profissionais de alto nível para o mercado e emprego e renda para o município”.

O projeto irá fazer cumprir e fortalecer duas leis importantes para o crescimento econômico e inclusão social na cidade:

Lei da Aprendizagem, que determina que todas as empresas de médio e grande porte devem contratar de 5% a 15% de jovens entre 14 e 24 anos; e a Lei para PCDs, que garante a inclusão no mercado de trabalho de pessoas com algum tipo de deficiência.

Uma pesquisa feita pela consultoria Santo Caos a pedido da Fundação Bunge e da ACIR ouviu 46 empresas de médio e grande porte dos setores de Comércio, Indústria e Serviços de Rondonópolis e revelou que 46% das empresas concordam que as cotas para contratação de pessoas com deficiência são extremamente necessárias, mas metade (55%) leva mais de 60 dias para encontrar um candidato apto para a vaga.

A maior dificuldade é localizar os profissionais PCDs, seguido por falta de competência técnica, nível de escolaridade e grau de deficiência.

Entre os jovens aprendizes, o estudo revelou que as principais dificuldades na contratação nos três setores pesquisados são competências comportamentais e competências técnicas.

Quando questionados sobre a qualidade dos cursos oferecidos para jovens, 48% dos entrevistados responderam que estão mais ou menos satisfeitos e 16% insatisfeitos ou extremamente insatisfeitos.

As empresas também esperam crescer muito nos próximos cinco anos e afirmam que vão precisar de funcionários para as áreas administrativa, de produção e de tecnologia, mas apenas 18% delas afirmam ter certeza que os funcionários atuais têm competências necessárias para lidar com esse cenário de crescimento.

O projeto que está aberto a outras empresas, associações, entidades e sindicatos, já conta com a participação da Amaggi, Associação Comercial, Industrial e Empresarial da cidade (ACIR); Associação KoBra; Bunge (Unidade Rondonópolis); Fundação Bunge; Grupo FAAT; Grupo Petrópolis; Nutripura; Tropical Melhoramentos e Genética (TMG); SENAI; SESC, Senac; SESI; Sindicato das Indústrias de Alimentação da Região Sul do Estado do Mato Grosso (SIAR SUL); Sementes Adriana; Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Rondonópolis (SINDIMEC-SUL); Sistema Nacional de Emprego (SINE); e Sistema Federação das Indústria no Estado do Mato Grosso (FIEMT).

O próximo encontro está marcado para o dia 27 de novembro, quando acontecerá o terceiro workshop de sensibilização. Nesta data, os participantes da Rede de Trabalho também vão se reunir para traçar as próximas ações práticas do projeto.

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