“O governo deve ser mais eficiente no combate à fraude e garantir o direito de quem precisa”. A afirmação é do senador Wellington Fagundes durante entrevista nesta terça-feira (30.04) ao se referir à reforma da Previdência.
Ele defende a necessidade de uma auditoria nas contas da Previdência para identificar a origem do rombo e uma gestão mais eficiente que possa garantir que os recursos não continuem a “desaparecer”.
Fagundes acredita que a proposta da reforma da Previdência chegue ao Senado em setembro, mas uma comissão especial já acompanha a tramitação da proposta na Câmara dos Deputados, onde o senador acredita que sofra várias alterações.
Ele voltou a criticar as mudanças propostas no Benefício de Prestação Continuada (BCP), que garante uma renda a idosos e pessoas com deficiências. “Desde meu primeiro mandato como deputado, defendi a implantação de uma política de atendimento ao idoso. Não posso aceitar essas mudanças”, disse. “Como está, a reforma não passa”, acredita.
Para ele, embora o governo federal coloque a reforma da Previdência como fundamental para tirar o país da crise, ele tem opinião diferente e defende mais eficiência na gestão de todos os setores do governo. ‘Tenho o temor de que, mesmo aprovada a reforma da Previdência, o governo não consiga fazer o país andar”, disse.
Wellington defende a urgência na aprovação de outras reformas, como é o caso da reforma tributária. “A burocracia excessiva dificulta a arrecadação de recursos e isso cria problemas em vários setores do governo”, cita como exemplo.