O senador da República Cidinho Santos (PR/MT) discutiu com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a proposta de refinanciamento de dívidas para pessoas físicas e jurídicas, tema que havia sido apresentado ao presidente em exercício, Michel Temer, na semana passada. O encontro do senador com o ministro ocorreu nesta terça-feira, em um jantar oferecido pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL).
A proposta de Cidinho visa o reaquecimento da economia e para evitar que empresas venham à falência nesse período delicado da economia. Segundo o senador, a medida pode reinserir cerca de 150 mil empresas que possuem dívidas tributárias, por meio de renegociação com desconto de multas e juros, utilizando-se dos depósitos compulsórios.
Segundo Cidinho Santos, o ministro Henrique Meirelles explanou aos 45 senadores presentes as medidas econômicas do Governo Federal e disse que após a renegociação da dívida dos estados, a gestão Temer irá estudar a situação das empresas. A proposta do senador Cidinho recebeu apoio de grande parte da bancada presente.
“Nesse momento, cobrar 30% de multa é fora da realidade brasileira. Precisamos tomar medidas para estimular o mercado e evitar que postos de emprego sejam fechados”, defendeu.
Um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio-MT) revela que, de janeiro a abril deste ano, foram registrados menos 3.290 postos de trabalho, entre os associados à Federação. Em 2015, durante o mesmo período, foram abertas 2.769 vagas.
“O empresário não está mais suportando a situação. Uma proposta como esta do senador Cidinho vem em ótimo momento. Precisamos de fôlego e isso ocorre em nível nacional. As vendas caíram, o poder de compra dos consumidores reduziu drasticamente e a classe empresarial sente isso, o resultado tem sido o fechamento constante de empresas”, afirmou o presidente da Fecomércio, Hermes Martins da Cunha.
Ele citou que uma rede lojas, instalada em Mato Grosso, fechou as portas de três unidades na grande Cuiabá. “Reiteramos total apoio ao senador para que essa proposta tenha prosseguimento. Precisamos unir forças para que o empresariado e a sociedade num todo não sejam mais prejudicados”, disse o presidente.
