Senado Federal aprova debate para implantação da Ferrovia Bioceânica

Redação PH

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Senado Federal aprova debate para implantação da Ferrovia Bioceânica

A Comissão de Serviços e Infraestrutura do Senado Federal aprovou requerimento do senador Wellington Fagundes (PR-MT) e vai promover um debate para discutir a viabilidade e implantação da Ferrovia Transcontinental – também chamada de Bioceânica. O empreendimento, de 4,4 mil quilômetros, agrega o Programa Integrado de Logística (PIL), lançado recentemente pela presidente Dilma Rousseff.

A ideia é reunir no Senado Federal representantes da Casa Civil, Ministério dos Transportes, Ministério das Relações Exteriores, Conselho de Estado da República Popular da China, Governo do Peru, Conselho Empresarial Brasil-China e membros do Grupo de Trabalho Brasil-China-Peru.

“Reconhecidamente, o Brasil enfrenta graves deficiências na infraestrutura logística. E agora temos a manifestação de interesse do Governo da China em estimular investimentos do seu país nesse empreendimento. É uma oportunidade valiosa e precisamos, portanto, avançar nessa discussão, tratando de sua viabilidade” – disse o senador.

Essa ferrovia tem uma extensão de aproximadamente 4,4 mil quilômetros e ligará os oceanos Atlântico e Pacífico, saindo do litoral norte do Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre. Posteriormente, a ferrovia segue pelo Peru até o Porto de Ilo. Cerca de 1.600 quilômetros estão contemplados pela Ferrovia de Integração do Centro Oeste – FICO projetada para sair de Campinorte, em Goiás, entrando em Mato Grosso pela região do Vale do Araguaia, passando por Lucas do Rio Verde até a cidade de Vilhena, em Rondônia.

Wellington destaca que o Brasil precisa de mais ferrovias. O país tem atualmente algo em torno de 28 mil quilômetros de “estradas de ferro. Os Estados Unidos, cuja extensão territorial é aproximadamente 700 km² maior que a do Brasil, tem malha ferroviária 10 vezes mais extensa. “Com tão poucos trilhos cruzando o território nacional, o transporte de cargas concentra-se 60% nas rodovias. O modal ferroviário representa apenas 25%” – frisa, ao destacar a importância do investimento.

O parlamentar republicano lembrou ainda que Mato Grosso detém um dos maiores índices de produtividade do mundo. “Temos potencial para avançar ainda mais. O que nós precisamos é exatamente resolver essa questão da logística” – frisou.

A data para realização do debate será definida nas próximas semanas, pela Comissão de Serviços e Infraestrutura.

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