Sem merenda escolar, pais fazem cota para comprar carne e leite em MT

Redação PH

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Sem merenda escolar, pais fazem cota para comprar carne e leite em MT

A falta de merendas nas escolas públicas e creches de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, tem feito com que pais de alunos e funcionários promovam “cotinhas” para comprar alimentos, como carne, alface e leite. Algumas unidades escolares têm recebido poucos produtos e, outras, nenhuma. A situação tem levado os moradores a contribuir com os alimentos para que as aulas não sejam suspensas.

A problemática sobre o fornecimento dos produtos pelas empresas já ocorre há dois meses, quando a Prefeitura Municipal suspendeu todos os contratos com os terceirizados. No mês de junho, por exemplo, os professores paralisaram as atividades por conta da situação. Uma semana depois, a administração municipal fez o repasse, de forma emergencial, de R$ 1,1 milhão às empresas para que elas voltassem a oferecer o serviço.

No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público do município (Sintep) anunciou que a situação continua caótica e que os alimentos não estão chegando aos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEIs) e nem às escolas. Disse ainda que foram entregues pelas empresas apenas macarrão, feijão e óleo.

Por meio de nota, a Secretaria de Educação, Cultura, Esportes e Lazer de Várzea Grande informou que se reuniu nesta quinta-feira (2) com os representantes das empresas contratadas e que ficou decidido que todos os produtos serão fornecidos.

“Todas as compras na atual gestão estão rigorosamente em dia com os fornecedores. O fato é que os fornecedores estavam condicionando as novas entregas a pagamentos de dívidas deixadas por ex-gestores. A prefeitura garante que vai quitar estas dívidas, conforme disponibilização orçamentária”, consta trecho da nota.

Uma funcionária de uma creche, que preferiu não se identificar, contou que as atividades na unidade estão suspensas há três dias por não haver merenda para as crianças, de 3 a 5 anos. Relatou ainda que as frutas, por exemplo, chegaram a ser divididas e distribuídas.

“Cortamos algumas bananas que tínhamos aqui em três pedaços para poder dar para cada criança. A situação chega a ser ridícula e muito triste. Temos que arrumar alternativas para que as atividades continuem normalmente, mas isso é quase impossível e chegou ao limite”, desabafou.

A mãe de uma aluna também contou que os estudantes estão sendo dispensados duas horas antes do horário normal de aula devido a falta de merenda.

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