Sem fiscalização, famílias invadem complexo turístico interditado em MT

Redação PH

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Sem fiscalização, famílias invadem complexo turístico interditado em MT

Localizado às margens da Rodovia Emanuel Pinheiro, a MT-251, o Complexo Turístico da Salgadeira, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá, voltou a ser usado pelas famílias para tomar banho aos finais de semana, porém, sem autorização. Até a interdição judicial, em 2010, a Salgadeira era um dos locais preferidos dos cuiabanos para se refrescar nos finais de semana. Mas, com a interdição, ninguém poderia entrar lá.

Uma equipe da TV Centro América flagrou muitas famílias no local neste domingo (11). Dentro do espaço, não existe segurança nenhuma. O local passa por obras de revitalização, que estavam previstas para ser concluídas até a Copa do Mundo, no ano passado.

A entrada para as cachoeiras está fechada com tapumes de metal. O acesso foi improvisado à forca fizeram um buraco no metal e possibilitou a entrada. Uma das pessoas que estavam no local disse ter visto muitas pessoas entrando e resolveu acompanhá-las.

José Barbosa que vende água de côco no local contou que as invasões são comuns, mas que antes eram menos pessoas. O complexo voltou a receber um grande número de turistas desde o reveillon. "De 10 dias para cá aumentou o movimento", afirmou. Como o estacionamento também está fechado, os motoristas param os veículos na beira da estrada.

O complexo foi interditado em 2010 pela Justiça a pedido do Ministério Público do Estado (MPE). O motivo era a degradação ambiental por aqui. A ideia na época era aproveitar o fechamento para revitalizar o local e transformá-lo em um ponto de turismo ambiental, mas o projeto demorou três anos para ficar pronto. As obras começaram em janeiro do ano passado e foram interrompidas.

A interrupção ocorreu após um erro no projeto. A revitalização tem custo previsto de R$ 6,3 milhões e, segundo a placa, deve ficar pronta até junho deste ano. Por enquanto, só há prédios em construção e entulho do que foi derrubado.

Por causa do lixo, as invasões frustram a tentativa de reduzir os impactos ambientais e põem em risco os invasores. O corrimão de madeira de acesso à cachoeira está com as tábuas quebradas. Para alguns turistas, o atraso na entrega da obra justifica a entrada no local.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado informou que a obra está em andamento e vem realizando reuniões com o consórcio de empresas para a conclusão o mais rápido possível. O estado faz um alerta para que as pessoas não entrem no local por causa dos riscos.

O diretor do consórcio de empresas responsável pela obra, Domingos Menezes Moussalen, disse que tem vigilante no local, mas que não há como conter a multidão. Por isso, um vigilante cuida dos materiais e da obra. Ele revelou que na última sexta-feira (9) a empresa foi roubada. Ladrões invadiram o complexo e levaram cerca de 100 caixas de piso, mas a polícia conseguiu prender os suspeitos na MT-251, quando eles fugiam com os materiais em um caminhão. A empresa cobrou mais policiamento na área.

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