Segurança alimentar e sustentabilidade dominam primeiro dia de debates do Congresso do Futuro

Redação PH

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Segurança alimentar e sustentabilidade dominam primeiro dia de debates do Congresso do Futuro

O primeiro dia de debates do I Congresso do Futuro, realizado nesta quinta-feira (8), foi marcado por palestras que abordaram a sustentabilidade e a agenda pública para o ano 2030, além de desafios em segurança alimentar a políticas públicas para a saúde.

Alfredo Pena-Vega, sociólogo e pesquisador do Centro Edgar Morin, falou sobre os desafios para o futuro, e destacou as propostas para mudar o planeta elaboradas por 380 pesquisadores, distribuídos em 50 universidades de diversos países. “Uma das questões que acreditamos ter grande urgência é a necessidade de criação de um tribunal mundial para condenar crimes econômicos. Eles têm derrubado as economias e os governos no mundo e é preciso fazer algo para que isso não aconteça mais”.

No painel que tratou sobre segurança alimentar, a professora de relações internacionais na New School, em Nova York, Sakiko Fukuda-Parr, foi enfática ao declarar que “a fome não significa falta de comida, mas falta de acesso à comida’. Segundo ela existe suficiente produção de alimentos, mas eles não são escoados ou tratados de forma economicamente viável e inteligente para chegar até as pessoas”.

Fukuda, que é uma das principais autoridades em desenvolvimento humano e autora do relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), afirma que os alimentos geneticamente modificados, que tanto são atacados no mundo rico, são a esperança de acabar com a fome nos países mais pobres.

“O mundo em desenvolvimento precisa destas tecnologias o mais depressa possível e os países europeus e os grupos ambientalistas estão a atrasar tudo. Não precisamos pagar menos pela comida, nem necessitamos verdadeiramente de tomates que não apodrecem. Mas há países que têm de enfrentar escassez de alimentos, secas repetidas e vêem as colheitas fracassarem todos os anos”, alerta.

Sobre o painel que tratou de políticas públicas para saúde, a palestra de M Ramesh chamou atenção ao pontuar que os governos precisam concentrar-se simultaneamente nos aspectos da oferta e procura dos cuidados de saúde. “A gestão do setor da saúde é bem complexo, como todos sabem, os governos precisam desenvolver sua capacidade política analítica e gerencial, se quiserem gerenciar o setor, primordial para a população do mundo inteiro”.

Programação

Amanhã (09), o Congresso do Futuro abordará temas relacionados à Educação, Ciência e Inovação do Futuro; O Futuro da comunicação e seu impacto nas relações Humanas, Democracia representativa no mundo digital. Dentre os palestrantes estão Marcelo Tas, Gabriela Mafort, Kishore Singh e Cristóvam Buarque.

Mais informações sobre a programação e palestrantes você poderá encontrar no site do Congresso do Futuro. https://goo.gl/LzvhVu

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