Seduc discute ensino ciclado em audiência pública

Redação PH

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Seduc discute ensino ciclado em audiência pública

Gestores da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) participaram, na manhã desta sexta-feira (26.06), no Hotel Fazenda Mato Grosso, da oitava audiência pública sobre o Ciclo de Formação Humana, a chamada escola ciclada. Realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT) e proposta pelo deputado Wilson Santos, a audiência encerrou a série de debates que ocorreu em oito polos do Estado.

As discussões tiveram início no mês de março, em Rondonópolis e, posteriormente, em Sinop, Alta Floresta, Tangará da Serra, Cáceres, São Félix do Araguaia e Barra do Garças. “Nossa intenção é entender as dificuldades e apresentar caminhos para a qualidade do ensino no Estado”, destacou Wilson Santos, ressaltando que, a partir de agora, será elaborado um diagnóstico para ser apresentado à sociedade e enviado ao governador Pedro Taques, para definições futuras no ensino mato-grossense.

Para o secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto, a iniciativa promove uma análise reflexiva sobre a prática educativa e sobre a organização curricular por Ciclo de Formação Humana, os avanços, limites e possibilidades, bem como as perspectivas para o Estado. “Temos na Seduc uma comissão, composta por diversos segmentos da sociedade e instituições de ensino, que vem discutindo a questão, e também estamos realizando uma autocrítica sobre a forma que processo foi iniciado e como vem sendo desenvolvido o trabalho.

De acordo com ele, a comissão, criada em maio, é formada por técnicos da Seduc, Conselho Estadual de Educação (CEE), Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-MT), União dos Conselhos Municipais de Educação de Mato Grosso (Uncme-MT), Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e AL/MT.

O grupo, que tem o prazo de 180 dias para entregar um diagnóstico, se baseia nos aspectos filosóficos, sociológicos e políticos, analisando as falhas e lacunas ocorridas desde o início da implantação do sistema em Mato Grosso; planejamento; formação inicial e continuada dos docentes; avaliação e participação da família.

A audiência dessa sexta-feira reuniu gestores e professores de diversas unidades escolares da baixada cuiabana, além de autoridades e representantes de classe como a presidente do CME, professora Regina Lúcia Borges Araújo, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), Antônio Carlos Máximo, a representante do Sintep/MT, Maria Selma Oliveira, a secretária adjunta de Educação de Cuiabá, Marioneide Angélica Kliemaschewsk, o presidente do CEE, Carlos Alberto Caetano, o secretário adjunto de Políticas Educacionais e o superintendente de Formação Profissional da Seduc-MT, Gilberto Fraga e Otair Rodrigues Filho, respectivamente.

Sistema

Implantada há mais de dez anos no Estado, a organização curricular por Ciclo de Formação Humana ainda enfrenta resistência. Há muita reclamação sobre a forma de implantação, sobre as condições para a execução em sua totalidade.

O modelo de separação por séries foi substituído por três períodos de três anos cada um. A aprovação passou a ser automática e os alunos com idade idêntica ou parecida são colocados na mesma turma. Na prática, houve redução da repetência e da evasão, que já chegaram a representar mais de 34% no Estado.

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