Secretário e bancada de MT cobram de ministro inserção de ferrovia Senador Vicente Vuolo em Plano Nacional de Logística

Gustavo Duarte/Prefeitura de Cuiabá

Secretário e bancada de MT cobram de ministro inserção de ferrovia Senador Vicente Vuolo em Plano Nacional de Logística

O secretário de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento, Francisco Vuolo sai em defesa da inserção da ferrovia Senador Vicente Vuolo no Plano Nacional de Logística (PNL) 2035, lançado no último dia 30 de março, pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL).

O documento que apresenta as necessidades e oportunidades do setor até 2035 não incluiu a extensão dos trilhos da ferrovia de Rondonópolis até Cuiabá e Lucas do Rio Verde, que era um compromisso assumido pelo ministro Tarcísio de Freitas e que foi reforçado em fevereiro deste ano. A reivindicação do gestor municipal cumpre uma determinação do prefeito Emanuel Pinheiro e recebe o apoio dos senadores de Mato Grosso, Jayme Campos e Wellington Fagundes.

“Se o ministro assumiu o compromisso com nossos senadores, o primeiro passo dele para cumprir esse compromisso seria inserir isso no Plano Nacional. Ele quer a aprovação do PLS 261 para que dê a ele a condição de aprovar ferrovias, é óbvio que os senadores não darão essa autorização se ele não tiver garantindo aquilo que ele prometeu. O compromisso não tem que estar só na palavra, tem que estar na atitude. Nós não questionamos as outras ferrovias, defendemos todas, em que pese temos alguns questionamentos a fazer, mas o mais importante é que precisamos da extensão da ferrovia Senador Vicente Vuolo e ela não depende do Governo Federal em nada, os projetos já estão prontos e os recursos são exclusivamente da iniciativa privada”, explicou o secretário, Francisco Vuolo.

O Ministro busca apoio para aprovação do PLS 261 de 2018, que dispõe sobre a exploração indireta, pela União, do transporte ferroviário em infraestruturas de propriedade privada, autoriza a autorregulação ferroviária e disciplina o trânsito e o transporte ferroviário dentre outras providencias.

De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o Plano Nacional de Logística (PNL) 2035 reúne uma série de dados e informações que contribuem para análises específicas e para o constante uso do planejamento na tomada de decisões estratégicas por parte do governo federal, governos dos estados e do Distrito Federal, municípios, agências reguladoras, empresas públicas e privadas, inseridas no sistema de transportes nacional.

Em fevereiro deste ano, o prefeito Emanuel Pinheiro e o secretário Vuolo haviam comemorado o parecer favorável do ministro a autorização da extensão da ferrovia Senador Vicente Vuolo de Rondonópolis até Cuiabá, após reunião de Freitas em Brasília com os senadores de Mato Grosso.

“Cuiabá é o maior polo consumidor do estado, com toda logística e condições de receber a ferrovia e estrategicamente, promover o desenvolvimento econômico, gerando emprego e renda, em uma região que temos uma condição muito maior de integração e de carregamento da nossa produção e dos nossos fretes. A ferrovia Senador Vicente Vuolo tem que ser inserida no Plano Nacional, assim como as outras”, declarou o prefeito de Cuiabá.

No total, existem três grandes projetos ferroviários para Mato Grosso: a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que vem de Goiás até Água Boa e futuramente vai chegar a Lucas do Rio Verde, integrando o estado de leste a oeste; a Ferrogrão, saindo Miritituba com destino a Sinop e Sorriso; e a Ferrovia Vicente Vuolo (Ferronorte), com 755 km de extensão, que liga Santa Fé do Sul (SP) até Rondonópolis (MT), que teve seu terminal inaugurado em 2013. Em seu percurso está previsto a passagem por Cuiabá, ligando a baixada cuiabana a Lucas do Rio Verde.

Hoje, 20 milhões de toneladas são escoadas pelos trilhos que chegam até Rondonópolis. Com a expansão da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, passando pela baixada cuiabana e seguindo até Lucas do Rio Verde, mais que dobrará a quantidade de carga transportada. Isso significa desenvolvimento econômico, geração de empregos e uma oportunidade de conexão com outras cidades de Mato Grosso e outros estados, barateando o frete e criando a possibilidade de desenvolvimento do polo industrial de Cuiabá.

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