Secretário diz que trajeto do VLT pode ser encurtado para reduzir custo

Redação PH

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Secretário diz que trajeto do VLT pode ser encurtado para reduzir custo

O governo do estado estuda a possibilidade de encurtar o trajeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), cujas obras estão paradas, para reduzir o custo do projeto. Conforme o secretário estadual de Cidades, Eduardo Chiletto, também é analisada uma Parceria Público Privada para concluir o projeto, que deveria ter sido concluído até a Copa do Mundo de 2014.

"Não existe a possibilidade de mudar o trajeto, mas de encurtar o trajeto para diminuir o valor e fazer uma Parceria Público Privada, mas isso é uma determinação que agora cabe à Justiça Federal", afirmou, em entrevista à TV Centro América.

O VLT começou a ser construído em 2012 e, no início do ano passado, o governo do estado anunciava que a obra seria concluída a tempo da Copa.

Pelo projeto, o VLT terá duas linhas. Uma ligando o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana da capital, ao Centro de Cuiabá, e outra o Centro da capital à região do Coxipó. Foram comprados 40 vagões com capacidade para transportar 400 pessoas cada.

O diretor do Consórcio VLT, responsável pela obra, informou que entregar a obra a tempo da Copa era algo possível. No entanto, segundo Luis Millani, alguns problemas impediram que o prazo fosse cumprido, como nas desapropriações de imóveis ao longo dos trechos, por exemplo.

"A regularidade das desapropriações não ocorreu da maneira prevista. Isso impactou muito a obra. Para ter idéia, até hoje um terço das apropriações foram executadas, restando a fazer dois terços. Enquanto a gente não tiver resolvido este problema não há o que se falar em término de obra", afirmou.

Segundo ele, o consórcio deveria apresentar um projeto com os limites topográficos da área de influência da obra, o que ele disse ter sido feito em tempo hábil para que as desapropriações fossem feitas. "O estado tinha não só que desapropriar, mas também liberar as áreas, remover qualquer edificação, tudo que tivesse no local", alegou.

A respeito das desapropriações, o secretário de Cidades disse ter faltado a informação exata da área que deveria ser desapropriada em cada propriedade. No entanto, ele contrapõe o representante do consórcio e alega que até agora o estado não recebeu o projeto executivo da obra.

"Eles não precisam entregar o projeto executivo da obra de toda a obra porque é um RDC, teria se fosse uma licitação normal. Nesse caso, à medida em que eles vão entegrando a obra, eles vão entregando o projeto executivo. Vou ver o que tem que desapropriar. Se é para mais, se é pra menos, isso demora um tempo, pelo menos 120 dias antes", afirmou Chiletto.

O consórcio informou que ainda falta concluir 45% da obra física e, segundo Milani, o prazo para o término depende de uma negociação com o governo do estado. "Nós estamos trabalhando e esse é um prazo que veio já da audiência judicial, que seria em 2018, mas depende do andamento da desapropriação", disse.

O estado aceitou o cronograma de execução das obras. Mas o secretário alega que o governo não tem o aporte financeiro de R$ 36 milhões para fazer desapropriações. "Como nós temos um cronograma de obras, vamos estar aportando em cima de um cronograma. Digamos que a Justiça determine que amanhã comece a obra, o trecho Aeroporto/ Porto iniciaria meados de 2015 e terminaria em meados de 2016. Depois nós temos meados de 2016 até meados de 2017 a etapa CPA, que daíteria que ter recursos para pagar todo mundo e de meados de 2017 a meados de 2018 para a área do Coxipós toda. Então, esse cronograma que nós repactuamos", pontuou.

Além das desapropriações, o consórcio exige mais R$ 1 bilhão para concluir a obra e o estado se diz disposto a pagar R$ 1,4 bilhão mais os reajustes anuais que é por direito. "Vou pagar estes ajustes de contrato até 2018. Isso está em contrato e isso iremos cumprir. O restante não concordamos e não iremos pagar", declarou o secretário.

A Justiça Federal deu prazo para que o estado e o consórcio chegassem a um acordo sobre as obras. Foram realizadas várias reuniões, mas não houve consenso em relação aos valores que ainda precisam ser pagos para a conclusão da obra. Agora o destino do VLT está nas mãos da Justiça. Segundo o secretário de Cidades, o que a Justiça determinar será determinar será cumprido.

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