Mato Grosso enfrenta muitos problemas ambientais, como o desmatamento ilegal e as queimadas, e um desafio do setor produtivo e do poder público é aliar crescimento econômico com a preservação dos recursos naturais. O setor madeireiro reclama que há demora dos órgãos ambientais oficiais na liberação das licenças que garantem a produção dentro da legalidade.
''O setor madeireiro representa a quarta economia do estado, tem uma grande importância. O manejo florestal hoje é uma realidade em nosso estado, é uma forma de exploração sustentável da floresta”, avalia a secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Ana Luíza Peterlini.
Depois de atuar por 20 anos no Ministério Público, a promotora de Justiça assumiu o cargo no Executivo estadual em janeiro. Em entrevista à TV Centro América, ela explica que a secretaria é um ambiente diferente, mas acredita que a experiência que tem vai ser um facilitador. “Na secretaria você vê de perto os problemas enfrentados. Mas de qualquer forma, a gente já traz esse conhecimento na bagagem para enfrentar essas dificuldades”, diz.
Segundo a secretária, estão sendo feitos investimentos para que diminua o tempo de resposta desde a entrada dos projetos de manejo até a licença da atividade. A equipe está sendo recomposta e novos investimentos estão sendo feitos em tecnologia, assegura.
Quanto ao andamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), uma exigência do Código Florestal para todos os proprietários rurais, a secretária disse que Mato Grosso está em primeiro lugar no ranking nacional deste cadastramento digital, que passou a ser único em todo o país. As maiores dificuldades são enfrentadas pelos pequenos produtores, mais carentes de meios e de informação. “Nós tivemos agora nas duas últimas semanas uma entrada no cadastro de 350 assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)”, ressalta.
A regularização ambiental é o caminho para retirar Mato Grosso da lista dos principais desmatadores do país, defende Ana Luíza Peterlini. “Temos notícias de que houve um aumento no desmatamento nos últimos quatro meses. Mas temos meios de saber quem são esses desmatadores, e já podemos atuar e autuar de plano”, explica.
Outra ação que a secretária promete implementar é o recebimento efetivo das multas ambientais. “Nós vamos priorizar esses passivos de autos de infração e darmos celeridade para que os resultados das multas sejam efetivamente sentidos pelos infratores”, disse.
