Agentes comunitários de saúde (ACS) de toda Cuiabá estão fazendo um levantamento populacional das áreas de abrangência de suas respectivas unidades básicas de saúde, o chamado mapeamento e remapeamento, ferramenta de extrema importância para a definição das áreas de abrangência (adscrição), que coadunam com a efetivação das políticas públicas de saúde.
O mapeamento e remapeamento são feitos por meio das visitas às residências e verificação de quantas pessoas moram em cada unidade habitacional. Cada agente comunitário de saúde precisa ter, pelo menos, 750 pessoas cadastradas em sua área de abrangência (micro-área), usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que deverão ser acompanhadas pelo ACS e visitadas pelo menos uma vez por ano. Importante esclarecer que uma mesma unidade pode ser composta por mais de uma equipe de saúde da família e cada equipe tem um quantitativo de quatro ou mais agentes comunitário de saúde.
O secretário-adjunto de Atenção Primária em Saúde, Dr. Xavier, tem percorrido todas as unidades básicas de saúde para orientar os servidores sobre a importância desse trabalho. Ele explica que o trabalho impacta diretamente na qualidade do serviço oferecido à população, pois com base na atualização dos dados, o Ministério da Saúde disponibiliza os recursos que financiam as equipes de saúde da família, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) verifica a necessidade de contratação de mais profissionais, abertura de novas unidades, além de tornar mais próximo o relacionamento entre o usuário do SUS e o agente comunitário de saúde (vínculo), pois é este o responsável por intermediar o acolhimento aos pacientes. Atualmente, Cuiabá conta com 103 equipes de saúde da família.
“O SUS precisa conhecer o seu público e as pessoas que utilizam o SUS precisam ter conhecimento de quem se reportar, qual o agente comunitário de saúde e qual unidade básica que atende o bairro onde mora. Isso tudo é muito importante porque a atenção primária é a porta de entrada para todos os serviços oferecidos pelo SUS, desde uma consulta de rotina até a dispensação de um medicamento ou uma cirurgia, por exemplo. E tendo esse contato direto com o agente comunitário de saúde, a qualidade do atendimento é bem maior”, explica.