Sebrae MT inaugura duas micro usinas de energia solar

Redação PH

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Sebrae MT inaugura duas micro usinas de energia solar

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Mato Grosso (Sebrae MT) vai inaugurar duas micro usinas de energia solar fotovoltaica, na sexta-feira (20), às 9h. Juntas vão gerar 120 kWp (quilowatt-pico), que tornarão o Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS) 100% autossuficiente e reduzirão o consumo de energia elétrica da sede do Sebrae MT em 30%.

Uma micro usina gerará 145kWp e a outra 45KWp. Ao todo foram instaladas 480 placas fotovoltaicas. Nos finais de semana, o excedente gerado e não consumido será distribuído pela rede da concessionária Energisa e o valor referente será descontado na conta mensal de luz da instituição. O retorno do investimento se dará em cerca de seis (6) anos.

O evento de inauguração será no auditório do CSS e, em seguida, será feita visita as duas micro usinas instaladas nos telhados do estacionamento e prédio da sede da instituição, que já estão gerando energia.

Esta iniciativa é mais uma boa prática sustentável pioneira do Sebrae MT, que visa atender e preparar o mercado, especialmente os pequenos negócios mato-grossenses, para a implantação de sistemas de micro (igual ou menor a 100 kWp) e minigeração (superior a 100 kWp até 1MWp) de energia solar fotovoltaica.

As duas micro usinas também funcionarão como unidade demonstrativa para pesquisas sobre as variáveis que influenciam a geração de energia solar, tais como temperatura, umidade, insolação, indicadores de rendimento mensal, custos, entre outras.

Interesse

A tecnologia solar interessa aos empresários e empreendedores de MT. Prova disso tem sido os cursos com consultorias que o Sebrae MT está realizando sobre o tema, desde o ano passado. Em 2016, já foram promovidos três cursos em Cuiabá, Juína e Lucas do Rio Verde. Até o final do ano, a instituição vai ministrar mais cinco na capital e interior. A procura tem sido grande e as vagas se esgotam em poucos dias. O próximo será em Sorriso, no período de 13 a 16 de junho. Mais informações no 08005700800.

A equipe do CSS e Sebrae MT está preparada para apoiar a elaboração de projetos para apresentação à concessionária de energia (Energisa) e às instituições financeiras (Banco do Brasil, Caixa, BNDES, Sicredi e Sicoop), que possuem linhas de crédito para implantação de tecnologia solar nos empreendimentos, assim como o de fazer o diagnóstico de viabilidade técnica e financeira dos sistemas.

Inovação e economia

"A tecnologia solar é o que há de mais inovador, no momento, em termos de energias renováveis, garantindo a redução de custos ou até a autossuficiência no consumo de energia elétrica e também tornando as empresas e residências menos vulneráveis em relação a eventuais situações de escassez ou excesso de demanda de energia, responsáveis pelos aumentos tarifários”, afirma Suênia Sousa, gerente do CSS.

O Brasil tentava consolidar a tecnologia solar, há duas décadas. A Lei 482/2012 impulsionou o segmento ao regulamentar a implantação dos sistemas de geração de energia solar fotovoltaica. No ano passado, a Lei 657/2016 permitiu a geração por consórcio e em condomínios.

Atualmente a micro e minigeração de energia solar está em alta no país. No ano passado, este segmento cresceu 40%, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), totalizando 1.675 sistemas instalados, que equivalem a 0,02% da matriz energética nacional.

Em janeiro deste ano, foram instaladas 215 micro e mini usinas no país, de acordo com agência. A previsão é de que o segmento crescerá 800%, em 2016. Até 2020, 1,2 milhões de consumidores passarão a produzir a própria energia no Brasil, totalizando 4,5 GW de potência instalada.

Em 2040, 1/3 da capacidade de geração de energias renováveis no país será solar fotovoltaica, que corresponde a seis (6) usinas Itaipu em funcionamento, conforme projeção da Consultoria Especializada BNEF (Bloomberg New Energy Finance). O Plano Nacional de Energia (PNE) estima que 13% do consumo residencial de eletricidade serão fornecidos por painéis solares instalados nos telhados (78 GW), até 2050.

A atuação de duas montadoras de placas solares e inversores no país também corrobora o rápido desenvolvimento dos negócios e instalação de sistemas, nos últimos anos. Apenas as células fotovoltaicas (feitas de silício e fósforo) ainda precisam ser importadas (da China).

A cadeia de energia solar é considerada grande geradora de empregos verdes e deverá dar um salto considerável, na contramão da retração econômica que vive o país. Nos Estados Unidos, este setor é um dos maiores empregadores. No período de 2010 a 2015, os empregos cresceram 173%, segundo dados da 'The Solar Foundation".

História

O físico francês Alexandre Edmond Becquerel foi o primeiro a observar o efeito fotovoltaico, em 1839, porém foi o físico alemão Heinrich Rudolf Hertz que confirmou o efeito fotoelétrico. Em 1883, ele descobriu a produção e propagação das ondas eletromagnéticas e formas de controlar a frequência das ondas produzidas. Em 1905, Albert Eisntein explicou o efeito fotoelétrico.

A história da primeira célula solar começou, em 1953, com os experimentos do físico químico norte-americano da Bell Laboratórios, Calvin Fuller, em Nova Jersey (EUA). Eles contaram com a participação do físico Gerald Pearson e do engenheiro Daryl Chapin. No dia 25 de abril de 1954, a primeira célula solar foi apresentada na reunião anual da National Academy of Sciences em Washington e anunciada à imprensa. O jornal New York Times publicou manchete na ocasião dizendo que a primeira ‘pilha solar’ marcava o princípio de uma nova era, que levaria à realização de um dos sonhos da humanidade: a captação de energia solar sem limites para o bem-estar da civilização.

A primeira aplicação das células solares foi para alimentar a rede telefônica de Americus, cidade do Estado da Georgia, em outubro de 1955.

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