Savi propõe jardins sensoriais em parques e praças públicas

Redação PH

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Savi propõe jardins sensoriais em parques e praças públicas

O contato sensorial com a natureza contribui para a reabilitação e melhora da qualidade de vida. Pensando nestes benefícios, o deputado estadual Mauro Savi (PR) apresentou Projeto de Lei nº 105/2016, que determina que os novos projetos de parques, praças e outros locais públicos com áreas destinadas à jardinagem, realizados através de convênios com o poder público, deverão possuir espaços para a implantação de jardins sensoriais.

Jardim sensorial é aquele que estimula o equilíbrio, a percepção e o desenvolvimento físico e mental dos visitantes, explorando os cinco sentidos: tato, olfato, audição, visão e paladar, independentemente da condição física, motora e sensorial do individuo. O projeto de lei determina ainda que os jardins sensoriais sejam sinalizados com manuais em sistema braile.

Na justificativa do projeto, o autor ressalta que, desde a Antiguidade, os jardins são espaços criados para o lazer e prazer, onde é possível viajar no tempo, experimentar sensações diferentes, promover encontros e entrar em contato com a natureza em sua mais exuberante expressão.

“O jardim é como fragmento de um sonho e deve ser compartilhado por todo e qualquer usuário, incluindo os portadores de algum tipo de deficiência visual, auditiva ou física. Os idosos também têm esse direito, com sua natural perda de mobilidade e diminuição dos sentidos. Porém, infelizmente, grande parte dos jardins brasileiros, tanto residenciais quanto públicos, não atende a essa parcela da sociedade pela falta de adequação de seus espaços”, ressaltou Mauro Savi.

De acordo com o parlamentar, de forma geral, os jardins atuais não contemplam o acesso e o desfrute pelas pessoas portadoras de necessidades especiais, principalmente os cegos.

Os jardins mais antigos foram sempre concebidos mais para serem vistos do que sentidos. “Os PNEs e os idosos têm tanto direito de aproveitar os jardins quanto as pessoas fisicamente aptas”, pondera o deputado ao acrescentar que a função do jardim sensorial é de retomar esses sentidos, avivar a percepção adormecida e torná-la real novamente.

“Porém, o jardim sensorial não beneficia apenas as pessoas com algum tipo de necessidade especial ou que estejam em reabilitação, ele pode ser útil para as demais pessoas por estimular sentidos que se encontram adormecidos pela prioridade dada à visão, ajudando-os a relaxar ao entrar em contato com a natureza e a reassumir seu corpo e seus sentidos integrados e harmônicos”, argumentou Mauro Savi.

O deputado ainda esclarece que o jardim sensorial difere dos jardins comuns em sua proposta, uma vez que deixa de ser apenas uma área de lazer para se tornar, além disso, uma ferramenta de inclusão social de pessoas com diversos tipos de necessidades especiais, como a visual, por exemplo, e de ferramenta para reabilitação em fisioterapia para tratamento de distúrbios como alteração da marcha e equilíbrio.

O jardim sensorial deve, conforme orientação profissional especializada, ficar suspenso a uma altura pré-determinada, considerando passagem tanto para cadeirantes quanto para deficientes visuais e idosos. Este recurso garante o livre acesso a todos que queiram tocar as espécies com facilidade. Este tipo de jardim possui grande influência oriental manifestando-se através dos sentidos do corpo humano (tato, visão, audição, olfato e paladar/gustação).

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