Saúde em MT expande núcleos de segurança de pacientes para todas as suas unidades

Hospital metropolitano de Várzea Grande - Foto por: Christiano Antonucci/Secom-MT

Saúde em MT expande núcleos de segurança de pacientes para todas as suas unidades

Desde outubro do ano passado, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) vem implantando núcleos de segurança de pacientes em suas unidades especializadas, descentralizadas e hospitalares. Isso após a efetivação do núcleo estadual com a adesão do programa junto ao Ministério da Saúde.

Para Maria do Carmo Souza, coordenadora do núcleo estadual de segurança do paciente, a SES-MT realizou várias oficinas para capacitar gestores e servidores. Na última quinta-feira (12.03), mais uma oficina foi oferecida, dessa vez no auditório do Cridac, na capital, com os diretores dos hospitais regionais e estadual.

“Os hospitais já tinham o serviço, porém, não de forma padronizada. A partir das capacitações que estão sendo realizadas desde 2019, estamos fortalecendo os que já existem e instituindo outros núcleos. A adesão foi muito boa, a ideia é que os gestores hospitalares comecem a implantar a ferramenta nas unidades e desenvolvam o plano de ações preventivas”.

Nesse processo devem ser considerados seis protocolos mínimos previstos pelo Ministério da Saúde, todos com aspecto voltado para o cuidado com o paciente; prevenir e evitar erro médico e melhorar a segurança do paciente antes da internação. Ou seja, na fase de sua regulação no sistema SUS, durante a sua internação e após a sua alta médica.

O cuidado com o paciente deve ser monitorado desde o seu atendimento na atenção básica, na assistencial, nas unidades descentralizadas e nos hospitais. O erro médico, por exemplo, causa danos aos pacientes e gera custos altos para o Estado, na medida em que prolonga o tratamento em razão da falha ocorrida.

“O Estado de Mato Grosso, em que pese, já estar desenvolvendo o plano de ação. Ainda não dispõe de dados oficiais sobre as consequências da falta de mecanismos de prevenção à segurança do paciente. No país, as informações a esse respeito também não são oficiais e mensuradas. Estima-se que no Brasil a taxa de incidência de erros médicos em hospitais atinge valores que variam de 3,7% a 16,6%, com consequente impacto clínico, econômico e social. Desses, a maior fatia 40% a 70% é considerada evitável”, explicou Maria do Carmo Souza.

Ainda de acordo com a coordenadora, somente no fim de 2020 é que Mato Grosso terá dados que já estão sendo coletados para análise de estatística. Assim poderá mensurar o resultado do trabalho desse núcleo nas unidades de saúde pública estadual.

Os equipamentos para a implantação dos núcleos nas unidades de saúde sob a gestão estadual estão sendo adquiridos. São macas com barra lateral, barras nos banheiros e nos leitos hospitalares, álcool gel para higienização das mãos, controle de infecção hospitalar. A meta da SES-MT é reduzir custos, melhorar a eficiência do serviço e gerar resultados positivos para o serviço hospitalar e para o paciente do SUS.

Projeto piloto

O primeiro hospital público estadual a passar por adequações estruturais e de pessoal, para a implantação do núcleo de segurança do paciente, foi o Metropolitano, em Várzea Grande.

Segundo a enfermeira Natrícia Pilar Cardoso Blanc, responsável pelo Núcleo de Segurança do Paciente do Hospital, a unidade tinha um núcleo com apenas um profissional. A partir das novas normas e protocolos, houve a reestruturação desse núcleo com o aumento da equipe que é composta por profissionais interdisciplinares, orientados pela Organização Mundial de Saúde (OMS); com a construção de protocolos de acordo com normas do Ministério da Saúde e com base na realidade e a especialidade do hospital.

“Primeiramente criamos uma agenda de treinamentos; a criação de instrumentos e mudança de fluxo. O hospital está construindo métodos de indicadores e desenvolvendo o processo de coleta de dados para avaliar o resultado desse núcleo. A partir da consolidação dos indicadores será possível comparar como era antes e depois do núcleo”, disse.

Ela destaca ainda que “no hospital Metropolitano não tinha um instrumento para a passagem de informações entre um plantão e outro. Cada servidor passava as informações nas categorias de acordo com o próprio entendimento. Agora essa etapa do serviço está padronizada e o paciente tem maior garantia de que as suas informações necessárias são passadas corretamente para cada equipe plantonista”.

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