Saúde cobra respostas do Ministério da Saúde sobre vacinas após óbitos suspeitos por H1N1 em Rondonópolis

Saúde cobra respostas do Ministério da Saúde sobre vacinas após óbitos suspeitos por H1N1 em Rondonópolis
Wheverton Barros

Saúde cobra respostas do Ministério da Saúde sobre vacinas após óbitos suspeitos por H1N1 em Rondonópolis

A secretária municipal de Saúde, Izalba de Albuquerque, informou nesta terça-feira (18), em coletiva de imprensa, na Secretaria Municipal de Saúde, que a Prefeitura de Rondonópolis continua buscando junto ao Ministério de Saúde mais 30 mil doses de vacina contra a gripe em função dos cinco óbitos suspeitos por H1N1 ocorridos na cidade entre maio e junho deste ano.

O último caso aconteceu nesta segunda-feira (17), quando uma mulher de 37 anos, moradora de Rondonópolis, morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) com suspeita da doença.

Rondonópolis conta hoje (18 de junho) ainda com seis pessoas internadas com suspeita de H1N1, totalizando 13 casos (entre óbitos, pessoas internadas e que já tiveram alta médica) suspeitos da doença. Outros cinco casos foram descartados após exames. Todos os pacientes tiveram materiais coletados para os exames e a Saúde ainda aguarda os resultados.

Para a secretária, a população está preocupada assim como a gestão municipal com os casos e por isso é preciso um posicionamento do Ministério da Saúde sobre o envio para Rondonópolis das doses extras de vacinas.

Ela aponta que o cálculo usado pelo MS do número de pessoas dos grupos prioritários que devem ser vacinadas que é baseado na população residente em 2018 pode resultar em erro, o que ocasionou o término antecipado das doses encaminhadas pelo Governo Federal para Rondonópolis um dia antes do fim da campanha nacional de vacinação.

Outra preocupação é que os óbitos ocorreram entre pessoas com idade não correspondente e fora dos grupos prioritários. “Estamos lidando com uma situação que precisa ser bem avaliada pelo Ministério da Saúde e necessitamos sim de mais doses da vacina, porque as pessoas que têm condições financeiras pagam pela vacina, mas as quem não têm ficam expostas”, lamenta Izalba.

A secretária ressalta que o senador Wellington Fagundes deve intervir junto ao MS para buscar a liberação das doses extras de vacina, levando em consideração a situação de casos de suspeitos de H1N1 que atingem a cidade. “Esperamos que esse auxílio nos ajude com as vacinas”, explica.

Rondonópolis ultrapassou a meta de 90% de vacinação dos grupos prioritários durante a campanha nacional de vacinação contra a influenza, porém a secretária alerta que ainda há pessoas destes grupos que não conseguiram tomar a vacina. “Não é possível que o MS vai deixar Rondonópolis passar por essa situação e nem mesmo se manifestar para nós”, diz.

Outras medidas, inclusive, caso o Governo Federal não envie novas doses da vacina, já estão sendo estudadas pelo município e podem ser adotadas se a situação não se resolver.

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