Saúde amplia investimentos em atenção primária no país

Foto: EBC

Saúde amplia investimentos em atenção primária no país

Ministério da Saúde está financiando mais 1.333 novas equipes de atenção primária em 139 municípios brasileiros. Para a contratação desses profissionais, a pasta vai repassar aos municípios cerca de R$ 15 milhões neste ano.

Ao todo foram credenciados 900 novos agentes comunitários de saúde, 198 novas equipes de saúde bucal e 235 de saúde da família. Essas equipes são compostas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde, além de profissionais de saúde bucal, como cirurgiões dentistas e técnicos de odontologia. O credenciamento das novas equipes foi publicado no Diário Oficial da União do dia 2 de outubro.

Esses profissionais vão fazer atendimentos como consultas regulares, exames de diagnóstico, aplicação de vacinas e medicamentos, e consultas pré-natal.

O secretário de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, Erno Harzheim, explicou que há um esforço do Governo Federal em fortalecer a atenção primária que é a base do sistema de saúde, onde os problemas mais comuns e frequentes são resolvidos.

“Esse escopo grande de atividades que vão desde a promoção, passando pela prevenção, pelo diagnóstico, pelo tratamento e pela reabilitação de problemas que são de responsabilidade da atenção primária, e com essa ênfase, no ano de 2019, em fortalecer a atenção primária, ficam mais robustos pra serem mais entregues pra população brasileira”, afirmou.

Em setembro, outras 1.878 equipes já haviam sido credenciadas e, em julho, quase 10 mil equipes e serviços de atenção primária.

Rodrigo Lima, médico de saúde da família do Distrito FederalO médico da família e comunidade que atende na Unidade Básica de Saúde de Samambaia (DF) Rodrigo Lima, disse que ampliar o atendimento na atenção primária é fundamental para a população, pois são unidades que ficam próximas às residências dos cidadãos e permitem acesso a cuidados preventivos. Ele explicou que o atendimento é baseado no vínculo entre o médico e o paciente, o que permite acompanhar a evolução e os resultados do tratamento de saúde.

“Buscamos uma medicina que seja centrada na pessoa e não no médico. Se o paciente não se sente a vontade para trazer as preocupações, as angústias, os sentimentos junto com os problemas de saúde que ele está apresentando, dificilmente ele vai conseguir dentro da consulta ter um papel mais ativo. Vai virar a consulta onde digo o que ele tem que fazer. Quando ocorre isso as pessoas não se sentem contempladas pelo que o médico falou e jogam a receita fora, não fazem os exames pedidos”, explicou.

A aposentada Umbelina Silva é paciente de Rodrigo Lima e disse que não costuma ir mais ao hospital, apenas a unidade básica de saúde. Ela conta que se sente acolhida e bem atendida pelo médico. Pela confiança, ela segue todas as orientações do doutor Rodrigo. “Eu obedeço ele. É meu médico de confiança e de toda a minha família”, esclareceu.

Marta Alves de Melo recebe a visita dos profissionais de saúde em casa e elogia o atendimento. Marta diz que o médico “fica no pé” para que ela siga sempre à risca os tratamentos de saúde. “Se eu quiser esconder as coisas, ele vem e descobre mesmo. É detetive”, brincou ela.

 

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