Samara Felippo exibe a barriguinha e faz textão: ‘Olhei essa foto, por segundos eu me odiei’

Samara Felippo exibe a barriguinha e faz textão
Reprodução/Instagram

Samara Felippo exibe a barriguinha e faz textão: ‘Olhei essa foto, por segundos eu me odiei’

Ser mulher não é fácil. E, entre todos os desafios, a preocupação com a aparência e a boa forma são constantes. Apesar disso, Samara Felippo falou sobre o assunto – ou, mais especificamente, sobre a barriga

“A barriga é proibida. Perseguida. Alvo de artilharia e de armas químicas. A guerra contra a barriga é antes de tudo uma guerra contra o ser mulher. Qualquer que seja sua forma ou tamanho, é na barriga das mulheres que nasce a vida, o riso, a criação. Amar a barriga é transgressor. É um ato revolucionário de cura”, escreveu.

O texto prossegue, mostrando como as mulheres são ensinadas a se cobrirem (e a cobrirem a barriga). “Dentro e fora do padrão, somos ensinadas desde cedo a ocuparmos o mínimo possível de espaço. Meu lugar no mundo é este aqui: pontuado pelo escuro do meu umbigo. Cobrir e esconder o volume que o meu corpo ocupa não reduz meu tamanho no espaço. É o corpo que delimita a parte que me cabe, ínfima e imensurável. A barriga é luminosa.”

“Sou uma mulher mas sou também muitas. A barriga lembra. Trespassada pelo plexo solar, ela catalisa o poder pessoal, a consciência visceral. Dela vem uma força ancestral de movimento e de vitalidade pura, selvagem. A barriga é inteligente e também sensível. A barriga quer ser amada”, escreve.

E a filosofia sobre a barriga continua: “É na barriga que a intuição me agarra, que o friozinho do desejo verdadeiro me estremece. É dentro dela que aquilo que me nutre borbulha lentamente para alimentar minhas criações. A barriga é uma usina de transformação. Um portal entre o imaterial e o material.”

“Mais do que permitida, a partir deste momento eu declaro que a barriga é sagrada. Ungida com óleo e carícias, nutrida de sementes e calor. Uma vez, quando eu era criança e não tinha medo de pedir o que eu queria, um homem perguntou se eu tinha o rei na barriga. Quando lembro dele me dá vontade de voltar pra corrigir: rei não. Restaurada sua glória inequívoca, a barriga retoma seu trono. Aqui. Esta barriga é minha. Dentro dela, uma rainha.”

“A barriga é revolucionária”, finaliza o texto que é de autoria de Mariana Bandarra.

Aliás, Samara vai além e faz uma auto-avaliação sobre o assunto. “Olhei essa foto, por segundos eu me odiei e logo veio esse texto na minha mente! Obrigada Mari. Faço minhas as suas palavras!!!”

Contudo, a atriz ainda destaca que, apesar das próprias inseguranças, ainda tem certos privilégios. “E que fique claro, eu ainda tenho plena consciência do “padrão” que ocupo. Chega de opressão e de vergonha com qualquer parte do nosso corpo! Vamos nos amar porra!!!!”

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