Saiba mais sobre a paralisia infantil

Para manter-se livre da poliomielite, Brasil deve alcançar elevadas coberturas de imunização
Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas - Foto: Erasmo Salomão/ MS

Saiba mais sobre a paralisia infantil

A poliomielite é mais conhecida como “paralisia infantil”, uma doença infectocontagiosa viral aguda. Os membros inferiores são os principais atingidos, apresentando flacidez muscular e a ausência de reflexos.

Segundo o Ministério da Saúde, o déficit motor instala-se subitamente. Frequentemente, sua evolução não ultrapassa três dias. 

O paciente terá mobilidade reduzida quando o quadro evoluir para a paralisia. Como não há tratamento específico, todos precisam ser hospitalizados para tratamento.

A pasta alertou na semana passada para o fato de 312 cidades brasileiras estarem com cobertura vacinal abaixo de 50% para a doença.

Periodicamente, a coordenação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI) emite notas técnicas para as regiões sobre o monitoramento do setor. Como o Brasil está livre da poliomielite desde 1990, torna-se fundamental a manutenção das elevadas coberturas vacinais acima de 95%.

Vacinação 

O esquema vacinal básico do País adota a vacina antipólio oral (VPO – Sabin), no seguinte esquema: 1ª dose, aos 2 meses; 2ª dose, aos 4 meses; 3ª dose, aos 6 meses; reforço, aos 15 meses.

Para o Sistema Único de Saúde (SUS), a criança adequadamente vacinada é aquela que recebeu três ou mais doses da vacina oral contra a poliomielite, com um intervalo mínimo de 30 dias entre cada dose.  

Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. 

Transmissão 

O Poliovírus entra no organismo pela boca e o vírus se instala no intestino. A transmissão ocorre pelo contato direto pessoa-pessoa, pelas vias fecal-oral ou oral-oral, através de gotículas expelidas, além da ingestão de água e alimentos contaminados com fezes contendo o vírus. O vírus, então, começa se reproduzir na garganta e no intestino, o que leva a dor e náuseas.

Histórico 

Até a primeira metade dos anos 1980, a poliomielite apresentou alta incidência no Brasil. Em 1994, a Organização Pan-americana de Saúde (OMS) certificou a eliminação da transmissão nas Américas, após 3 anos sem circulação do vírus no continente.

Ali foi assumido compromisso de  cuidar das coberturas vacinais, bem como manter a vigilância epidemiológica. Com essa atenção, é possível identificar imediatamente a reintrodução do poliovírus selvagem em cada país, adotando medidas de controle capazes de impedir a disseminação.

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