O ataque coordenado na Rússia acabou com 15 pessoas mortas em duas cidades da região do Daguestão. Homens armados abriram fogo em uma sinagoga, duas igrejas ortodoxas e um posto policial. Homens armados mataram pelo menos 15 policiais, três civis e um padre.
“Este é um dia de tragédia para o Daguestão e para todo o país”, disse Sergei Melikov, governador da região do Daguestão, em vídeo publicado no Telegram, na manhã desta segunda-feira (24/6). Governo decretou luto de 3 dias.
Na cidade de Derbent, o ataque aconteceu em uma sinagoga, sede da comunidade judaica no local, que é predominantemente muçulmana. O prédio religioso, listado como patrimônio da Unesco, foi incendiado.
De acordo com a agência de notícias Tass, os homens também atiraram em duas igrejas ortodoxas próximas. Nesse caso, quatro civis e um padre acabaram mortos.
Já em Makhachkala, capital do Daguestão, os criminosos entraram em um posto policial. Então, mataram mais 15 profissionais da segurança.
Desconfiança por ataques na Rússia
Apesar de nenhum grupo ter reivindicado ainda a responsabilidade pelos ataques, Sergei Melikov afirmou que as autoridades sabem “quem está por trás da organização dos ataques terroristas e qual o objetivo que perseguiram”.
A agência Tass afirmou que entre os agressores estavam dois filhos do chefe do distrito central de Sergokala, no Daguestão. Eles estão detidos. Seis dos homens armados acabaram baleados e mortos.
O país montou um comitê de investigação, que já classificou o tiroteio como um ataque terrorista.
Os ataques ocorreram na república do Daguestão, região predominantemente muçulmana no Mar Cáspio que tem um histórico de violência separatista e militante. A turbulência na região foi ainda mais agravada pela guerra do país na Ucrânia, onde as minorias étnicas foram desproporcionalmente mobilizadas para lutar.
O Daguestão também sofreu uma série de incidentes antissemitas. No ano passado, uma multidão invadiu o aeroporto de Makhachkala, em busca de passageiros judeus que chegavam de Israel.