Rondonopolitana professora de educação física morre vítima de doença rara em Cuiabá

Redação PH

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Rondonopolitana professora de educação física morre vítima de doença rara em Cuiabá

Amigos e parentes estão chocados com morte precoce da professora de educação física, Jennifer Boff, 24 anos. A jovem morreu na segunda-feira (25), vítima de uma rara doença conhecida como Púrpura Trombocitopênica Trombótica. Os sintomas da doença só foram notados em seus últimos 15 dias de vida.

Jennifer era natural de Rondonópolis, mas morava e trabalhava em Cuiabá.

Amigos e conhecidos da educadora física lotaram seu perfil facebook com mensagens de solidariedade para família.

O que é a doença ?

Púrpura trombocitopênica idiopática é uma doença autoimune que se caracteriza pela destruição das plaquetas, células produzidas na medula óssea e ligadas ao processo de coagulação inicial do sangue.

Sintomas

Os sintomas surgem quando a queda do número de plaquetas compromete o processo de coagulação do sangue a ponto de provocar sangramentos. Os mais típicos são os sangramentos que se localizam na pele ou nas mucosas sob a forma de petéquias (manchas puntiformes) ou equimoses (manchas maiores). Podem ocorrer também sangramentos nasais (epistaxes), nas gengivas, gastrintestinais e no trato urinário. A ocorrência de edemas, dor nas pernas e hemorragias menstruais são mais difíceis de controlar.

A intensidade dos sintomas varia muito de um paciente para outro. Em alguns casos, eles podem ser assintomáticos e dispensam tratamento.

Diagnóstico

O diagnóstico baseia-se no exame clínico e no resultado do hemograma. Uma vez constatado que o número de plaquetas está baixo, é de suma importância fazer o diagnóstico diferencial, porque doenças como AIDS, lúpus, leucemias e certas infecções virais também provocam queda no número de plaquetas.

Tratamento

Na infância, pode ocorrer remissão espontânea da doença, o que raramente acontece na vida adulta.

O tratamento com cortiscosteroides (prednisona) por via oral visa controlar os sintomas e provocar aumento gradual das plaquetas no sangue. O risco de sangramento diminui consideravelmente, quando a contagem das plaquetas atinge 50.000. Por causa dos efeitos colaterais adversos, o medicamento deve ser retirado aos poucos ou reduzido a doses mínimas o mais depressa possível.

Doses altas de imunoglobulina por via intravenosa são úteis para conter os sangramentos agudos e elevar a contagem de plaquetas.

Como grande parte da produção de autoanticorpos e destruição das plaquetas ocorre no baço, em algumas situações, a remoção cirúrgica desse órgão (esplenectomia) pode estar indicada.

Recomendações

* Sangramentos provocados pela baixa contagem de plaquetas são facilmente visíveis sob a pele ou mucosas. A presença inexplicável de pequenos pontos ou de manchas arroxeadas espalhadas pelo corpo deve ser um sinal de alerta. Procure assistência médica para diagnóstico e tratamento, se necessário;

* Em geral, a púrpura trombocitopênica idiopática tem bom prognóstico, desde que devidamente tratada.

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