A destruição provocada nas penitenciárias do Rio Grande do Norte durante as rebeliões do início da semana fez o número de vagas diminuir ainda mais. A situação já era crítica: havia 8 mil presos em espaços que cabiam metade, 4 mil.
Agora, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, mais mil vagas foram pedidas – ou seja, os mesmos 8 mil presos são mantidos onde há somente 3 mil vagas.
Houve registro de motim em 14 dos 33 presídios do Estado. Em algumas cadeias, a rebelião dos presos se estendetam por até oito dias. Em Natal, a capital do Rio Grande do Norte, quatro ônibus e uma viatura da Polícia Militar foram incendiados por ordem dos presidiários.
Em entrevista à BandNews FM, o irmão de um dos presos da penitenciária de Caió, município a 300 quilômetros de Natal, relatou que além da superlotação das cadeias, os detentos são torturados e humilhados.
O governo do Estado chegou a decretar situação de calamidade pública e pediu a ajuda da Força Nacional. E, em meio à crise, o secretário de Justiça, Zaiden da Silva Filho, acabou sendo exonerado do cargo.