Renovada, Ducati Diavel é moto fácil de conduzir e esportiva

Redação PH

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Renovada, Ducati Diavel é moto fácil de conduzir e esportiva

Ao primeiro olhar, a Ducati Diavel é uma moto que realmente assusta. Não bastasse o nome “diabólico”, inspirado no termo "demônio" no dialeto bolonhês, o modelo tem linhas agressivas, conjunto musculoso e motor de 162 cavalos de potência. Lançada mundialmente em 2011, passou por sua primeira renovação no ano passado na Europa e que acaba de chegar ao Brasil por valor partindo de R$ 64.900.
Primeiro lançamento da Ducati no Brasil em seu retorno em 2012, a Diavel também foi o modelo de estreia da marca italiana na linha de montagem em Manaus, feita em parceria com a Dafra. Mesmo com o sucesso, já que o modelo chegou a ser o mais vendido da empresa no mercado brasileiro, sendo depois superada pela Monster 796, a moto muda, novidades sutis, mas importantes.
Mantendo sua essência no visual, a moto foi “lapidada” em seu farol, dianteiro, abandonando o antigo redondo e ganhando contornos mais elípticos. A iluminação dianteira também ganhou luzes de LED, acompanhado por novo desenho nas carenagens laterais do tanque e entradas de ar. O motor também evoluiu, mantendo praticamente o mesmo desempenho, mas com mais linearidade.
A evolução do motor Testastretta 11º, de dois cilindros e 1198,4 cc, não ocorre na potência máxima de 162 cavalos. O que ocorre é que agora a cifra chega mais cedo a 9.250 rpm, enquanto a Diavel anterior ela aparecia a 9.500 rpm. Com as alterações, o comportamento do modelo se mostrou menos arisco e mais dosável.
Isso também foi resultado das alterações do torque, passando de 13 kgfm a 8.000 rpm para 13,3 kgfm, também a 8.000 rpm.
O fato é que a Diavel ainda é um projeto recente, mantendo frescor em seu conjunto e as mudanças foram pontuais e bem-vindas. Apostando em um nicho pouco explorado, os das chamadas “cruisers”, esta Ducati reúne características dos segmentos custom e naked, além de contar com motor esportivo.
A receita aparece, em outras medidas, em modelos como a exclusivíssima Yamaha V-Max, além da monstruosa Triumph Rocket III e da Harley-Davidson V-Rod. Mas vale a ressalva, essas motos têm apenas o conceito em comum, mas o resultado final é bem diferente e também com valores explorando uma ampla gama de preços
Vai bem na estrada
Apesar de se preocupar em dar um visual agressivo para a moto, a fabricante italiana também procurou tornar o modelo acessível, quando se fala em pilotagem. Uma infinidade de sistemas eletrônicos, que atuam em conjunto, servem para deixar a Diavel segura e de fácil pilotagem.
Moto tem dois painéis: um no guidão e outro no tanque (Foto: Divulgação)
Foi possível comprovar estas capacidades da moto durante a avaliação feita pelo G1, em autoestradas e estradinhas no interior de São Paulo. Controle de tração, acelerador eletrônico, freios ABS e mapas de potência trabalham em conjunto para deixar a moto “ao gosto” do motociclista.
É possível regular ABS e controle de tração em diversos modos de atuação, além disso, são três modos de pilotagem pré-programados: Urban, Touring e Sport. No primeiro, a cavalaria é reduzida a “somente” 100 cavalos, fazendo desta uma ótima opção para rodar na cidade ou mesmo em pisos molhados.
No Touring, todos os 162 cavalos são despejados, porém, isso é feito em um modo mais linear que no Sport, onde o acelerador é mais contundente e o motociclista chega a sentir uma “patada” nas arrancadas.
Para a estrada, o indicado é o uso do Touring para uma pilotagem mais tranquila, enquanto o Sport é opção para trazer mais emoção. O motor bicilíndrico, mesmo utilizado na Multistrada e Monster 1200, mas com ajustes específicos para a Diavel, é explosivo, mas sem transferir muita vibração ao condutor.
Mesmo com um conjunto musculoso, a moto surpreende pela agilidade e capacidade de manobras, porém, trata-se de um modelo pesado. Mesmo bem mais leves que as concorrentes, a Diavel pesa 239 kg – 235 kg, para a Carbon.
“Monstro” confortável
No final das contas, a Diavel é um modelo mais confortável quando se comparado a customs tradicionais, apesar e o posicionamento em cima da moto ser parecido. Seu assento foi renovado, com melhor encaixa, e sua altura é baixa, o que ajuda no apoio dos pés ao solo.
Como o guidão está próximo ao corpo, os braços ficam de maneira relaxada, outro ponto a favor em longas viagens. Com estes atributos, o modelo é uma boa opção para quem quer somente curtir a estrada, como em uma custom, ou realizar uma pilotagem mais esportiva, com um comportamento similar ao de uma naked.
Aliás, a moto surpreende em curvas, mantendo grande estabilidade, mesmo em velocidades elevadas. Seu consumo de suspensões é ajustável e também permite regulagens, transmitindo conforto mesmo em trechos esburacados.
Além de possuir ABS, os freios também são de alta capacidade, da marca italiana Brembo, e ainda mais refinados na versão Carbon, que custa R$ 74.900.
Assento da Diavel foi remodelado (Foto: Divulgação)
Além de melhorar o desempenho em frenagens, o conjunto de freios da Carbon ajuda a reduzir o peso da moto. Somando isso às rodas forjadas Marchesini, elementos de carbono nos para-lamas e ao redor do tanque, a Carbon fica 4 kg mais leve do que a Diavel tradicional.
Pneu traseiro custa R$ 1.100
Integrante do grupo Volkswagen desde 2012, a atualização da Diavel incorporou soluções comuns em automóveis. Na dianteira, o modelo passa a contar com luzes de LED, antes presentes apenas na lanterna traseira.
Sua chave é do tipo canivete e possui sistema de presença, ou seja, não existe ignição para girar, basta deixar a chave no bolso e apertar um botão central para ligar o sistema. O interessante painel, dividido em duas telas, passa a contar com marcador de combustível. Outro ponto interessante da Diavel é seu pneu traseiro, desenvolvido pela Pirelli exclusivamente para a moto.
Novo farol de LED é novidade para o modelo (Foto: Renato Durães / G1)
Com ótima capacidade de aderência e inclinação, o pneu é bem largo, mas o seu preço não é nada agradável: custa de cerca de R$ 1.100 para a reposição, enquanto o dianteiro é vendido por cerca de R$ 600.
Apesar de não poder ser considerada barata, a Diavel acaba por ser o modelo mais interessante de seu nicho. Claro que a escolha vai depender muito mais do gosto do consumidor, mas dentre as motos com proposta similar é a que oferece o pacote mais atrativo, reunindo pilotagem acessível, controles eletrônicos e comportamento esportivo.
Ducati Diavel (Foto: Renato Durães / Divulgação)

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