Relatório da reforma tributária propõe incluir apostas esportivas no ‘imposto do pecado’

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Agência Brasil

Relatório da reforma tributária propõe incluir apostas esportivas no ‘imposto do pecado’

O relatório apresentado nesta quinta-feira (4) ainda é preliminar e será discutido com líderes partidários e bancadas nos próximos dias

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O relatório preliminar da regulamentação da reforma tributária divulgado nesta quinta-feira (4) incluiu apostas esportivas e carros elétricos no grupo que será sobretaxado com a cobrança do IS (Imposto Seletivo), chamado “imposto do pecado”. Em linhas gerais, esse imposto será aplicado sobre a produção, extração, comercialização, importação de bens e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. A intenção é desestimular o consumo desses itens.

O texto ainda não é o final e agora entra na fase de negociações com líderes partidários e bancadas da Câmara dos Deputados. A expectativa é que essas negociações avancem até a próxima semana. A intenção de Lira é que o texto seja votado no plenário entre quarta-feira (10) e quinta-feira (11).

Durante a elaboração da proposta, a taxação das apostas esportivas, — também conhecidas como bets fantasy games —, foi incluída como uma medida compensatória para atender às demandas dos deputados pela inclusão de mais produtos na cesta básica. Pagarão imposto extra todos os jogos, físicos e digitais, o que também inclui apostas em loterias.

Também ficam sujeitos à taxação do Imposto Seletivo

1- Veículos;

2- Embarcações e aeronaves;

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3- Produtos fumígenos (produtos como cigarro, cigarrilhas e charutos);

4- Bebidas alcoólicas;

5- Bebidas açucaradas; e

6- Bens minerais extraídos (petróleo e carvão mineral, por exemplo).

Alimentos industrializados fora do Imposto Seletivo

O grupo técnico acabou deixando fora do Imposto Seletivo os alimentos ultraprocessados, guloseimas e embutidos (salsicha, salame e presunto, por exemplo). Essa era uma reivindicação de grupos da sociedade civil que consideram que esses alimentos não são essenciais para a alimentação e que oneram o estado por causarem doenças a longo prazo.

Isenção de Impostos

Por outro lado, o parecer do grupo de trabalho da reforma tributária incluiu produtos básicos para a saúde menstrual no grupo com isenção total de impostos. Na proposta enviada pelo governo, esses produtos haviam sido listados no grupo com 60% de isenção de impostos. A lista de produtos isentos inclui absorventes, tampões higiênicos, calcinhas absorventes e coletores menstruais.

O relatório apresentado pelo grupo de trabalho trata do primeiro texto de regulamentação da reforma tributária, com os detalhes sobre como vai funcionar a implementação do Imposto de Valor Agregado (IVA), tributo formado pelo IBS e CBS.

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