Reduz número de beneficiários dos planos de saúde

Reduz número de beneficiários dos planos de saúde

Os planos de saúde vêm sofrendo com as contínuas quedas nos números de usuários. Em 2014, eram mais de 50,5 milhões de beneficiários em todos os país, porém esse número vem diminuindo.

Nos últimos três anos, foram 3,4 milhões de pessoas que deixaram de contar com os serviços de assistência médica, mas, observando em períodos menores, a tendência de queda se repete.

Em 2019, eram 47,03 milhões de beneficiários. Um ano antes, em 2018, havia 47,1 milhões de pessoas que utilizam o plano de saúde. Apesar da redução ser apenas de 1%, representa uma queda.

Somente de dezembro de 2018 a março de 2019 foram menos 212.595 clientes que deixaram de ter acesso aos cuidados da assistência médica.

Um ponto que se observa é que a redução está ocorrendo principalmente nos planos individuais e familiares. Já os planos coletivos por adesão e empresariais seguem o caminho contrário e apresentam um leve crescimento.

Planos de saúde perdem usuários: os motivos

A redução de usuários nos planos de saúde tem motivos, principalmente quando se tratam dos planos de pessoa física.

Segundo levantamento, esses tiverem um aumento de valores de cerca de 88% nos últimos três anos, o que tem inviabilizado a continuação com eles para a maioria das pessoas.

Esse percentual de reajuste ficou acima da inflação.

É possível acompanhar alguns valores nos planos de saúde empresariais no Rio de Janeiro, e observando algumas mensalidades é possível perceber que elas chegam a corresponder a mais de 50% de um salário mínimo.

Como a renda da população diminuiu nos últimos anos, os preços praticados pelas operadoras de saúde se tornaram inviáveis.

O desemprego também fez com que as condições financeiras se complicassem em muitos lares, fazendo com que ocorresse o cancelamento do plano de saúde e houvesse a migração para o sistema público de saúde.

As estratégias das operadoras

Para tentar diminuir a perda de usuários, as operadoras estão investindo cada vez mais nos planos empresariais e coletivos por adesão.

Além disso, parte do seu atendimento está deixando de ser feito em redes credenciadas e o investimento está passando para uma rede própria de atendimento.

A telemedicina tem sido usada como aliada, pois dessa forma se consegue reduzir os custos com pessoas e infraestrutura.

A Amil informa que cerca de 83% dos casos do pronto-socorro poderiam ser tratados por meio de consultas remotas, por isso ela vem investindo nessa modalidade.

Enquanto os planos de saúde perdem usuários, surgem alternativas como a telemedicina, cartões de descontos e outros que possuem um custo mais acessível.

Por Jeniffer Elaina, do PlanodeSaude.net

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