Rastreamento de problemas cardíacos antes mesmo de acontecer

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Rastreamento de problemas cardíacos antes mesmo de acontecer

Apesar das medidas preventivas, os problemas cardiovasculares ainda estão entre as principais causas de morte. O registro de óbitos divulgado anualmente pelo Ministério da Saúde através do DATASUS comprova isso com os índices que coloca o infarto agudo do miocárdio como a primeira causa de mortes no País. Para reduzir esses números deve haver uma detecção precoce de pacientes que tenham tendências para problemas no coração, antes mesmo de qualquer sintoma. Para isso, os cardiologistas podem utilizar o escore de cálcio (EC) coronariano e a angiotomografia das artérias coronárias.

Para que as pessoas conheçam sua condição cardíaca, aSociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) orienta um check-up básico, com o perfil lipídico, desde os 20 anos de idade. Porém, segundo o Dr. Roberto Cândia, cardiologista do laboratório Cedic Cedilab, a partir dos 40 anos, é indicado a realização de exames mais criteriosos, como escore de cálcio (EC) coronariano e a angiotomografia das artérias coronárias. “Estes são os únicos exames que permitem identificar e quantificar as placas coronárias precocemente, sem necessidade de internação ou procedimentos mais invasivos”, destaca o médico.

O cardiologista reforça que para pacientes com histórico familiar e colesterol alto ou que sejam obesos e fumantes, a realização do escore de cálcio coronariano deve ser adiantada. “O exame nos mostra os pontos no trajeto da artéria coronária para o coração em que há excesso de gordura. Este é um método de rastreamento que nos permite medir o risco de problemas cardíacos futuros de cada paciente”, explica Dr. Roberto.

De acordo com o especialista, o escore é encontrado por meio de uma soma de todos os pontos de cálcio da artéria, visualizados por meio de uma tomografia cardíaca sem contraste. “Vamos marcando todos os pontos de excesso de placas de gordura calcificadas e ao final somamos a quantidade e temos o valor do escore de cálcio. Trabalhos têm demonstrado que quanto maior for o valor do escore, maior é a chance desse indivíduo ter um evento coronariano. Este valor também leva em consideração o sexo, raça e a idade do paciente, e indica uma população que terá maior risco para doenças cardíacas no futuro, mesmo que seja assintomático. A partir de um escore de cálcio maior de 400, o paciente deve ser acompanhado de perto”, conclui.

Enxergando o problema de perto

Depois que o médico conseguiu localizar as placas de cálcio nos vasos responsáveis pela chegada do oxigênio ao músculo cardíaco (miocárdio), é feita então a segunda etapa do exame, em que se é possível quantificar a placa coronariana e entender as suas particularidades. “A angiotomografia é feita pelo mesmo aparelho, durante o mesmo exame, porém, após a injeção do contraste. Com este exame, é possível identificar qual é a porcentagem do vaso que está com obstrução, o tamanho, a localização e a constituição da placa”, explica Dr. Roberto.

O escore de cálcio coronariano só consegue detectar as placas de cálcio, mas, de acordo com o médico, as placas sem cálcio também são importantes para o perfil de risco do paciente e estas são visualizadas pela angiotomografia. “As placas com cálcio são mais prevalentes, mas muitas vezes placas de gordura sem cálcio são mais instáveis podendo levar a mais problemas cardíacos. Por isso, a importância de diagnosticá-las e de se fazer os dois exames, que podem ser feitos juntos”, reforça o cardiologista.

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