Qualifica Cuiabá: Formação profissional e atua com foco na igualdade de gênero

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Gustavo Duarte/Prefeitura de Cuiabá

Qualifica Cuiabá: Formação profissional e atua com foco na igualdade de gênero

Empoderar e oferecer oportunidade de autonomia financeira. Em 2018, o Qualifica nasceu com esses objetivos. De lá pra cá, mais de 3 mil mulheres foram qualificadas para o mercado de trabalho. Este ano, o programa já entregou o certificado para 1.860 alunos em 33 cursos.

E pela segunda vez,  Doralice de Brito, recebeu o certificado de conclusão do curso de costura. Ela relembra que a paixão pela costura começou na época da pandemia, onde ficou sabendo que o Senai, estaria recrutando voluntários que tivessem o interesse de fabricar máscaras.

“Hoje vejo o quanto o Qualifica muda a vida das pessoas, foi depois do curso que comecei a trabalhar nesta área da costura e já faço pijamas pra vender e reformas. Já estou conseguindo tirar um dinheiro”, ressalta

Doralice ainda pontua o quão importante é fazer um curso e se qualificar, principalmente para as mulheres.

“Nós mulheres precisamos ter sua independência financeira e conquistar nosso espaço no mercado de trabalho para poder tocar a vida sem depender do companheiro”, reforça.

Empreender era o desejo da Anadir de Souza Soares, de 38 anos, que se formou no curso de Confeitaria, e já começou a transformar o sonho em realidade conquistando sua independência financeira.

“Foi uma grande oportunidade, tanto para mim como para várias pessoas que participaram do projeto também. Antes eu era cabeleireira e hoje realizei o sonho de me qualificar na confeitaria. Recomendo para outras pessoas, pois nós mulheres precisamos muito disso, ter uma profissão, se sentir mais úteis, independentes. Eu mesma ficava muito em casa e queria muito fazer algo novo e tive a oportunidade e graças a Deus estou aqui”, agradeceu.

O Qualifica Cuiabá tem como público alvo pessoas de baixa renda com oportunidades de cursos profissionalizantes e é conduzido pelas Secretarias de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência, Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico e da Mulher e executado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial- Senai.

Segundo Eva Maria, o desejo de incluir as pessoas com deficiência auditiva, despertou nela o interesse pelas libras. Ela relembra que quando começou a fazer o curso se apaixonou, principalmente por poder incluir essas pessoas no dia-a-dia.

“No começo por conhecer muitas pessoas surdas eu optei em fazer o curso de Libras apenas pela interação com próximo, porém eu fiz o curso para iniciantes e agora intermediário e as coisas foram mudando. Hoje com o anúncio da primeira-dama para o curso de libras avançado, já consigo pensar que no futuro eu possa me tornar intérprete”, afirma.

De acordo com a Secretária Municipal da Mulher, Cely Almeida, o programa Qualifica, acumula resultados positivos. Além da profissionalização também é envolvido o empoderamento dessas mulheres por meio do processo de desenvolvimento pessoal e profissional, de autoconfiança e elevação da autoestima. Ela destaca que geralmente nos encerramentos de cursos, nas diversas áreas, as mulheres sempre têm relatos positivos.

“Elas se sentem mais seguras, mais encorajadas para ocupar o seu lugar na sociedade e buscar as oportunidades no mercado de trabalho. É uma formação profissional que vai além da qualificação e oportuniza cidadania com foco na igualdade de gênero”, pontua

Para a primeira-dama, Márcia Pinheiro, idealizadora do programa Qualifica, quando as mulheres se empoderam através do empreendedorismo, círculos viciosos ruins e machistas são quebrados, dando poder de escolha para elas decidirem que rumo seguir em suas vidas.

“As mulheres encontram no empreendedorismo uma forma de empoderamento, e estar à frente de cargos de liderança é um passo importante para a diminuição da desigualdade. No entanto, sabemos que se manter em um mercado competitivo e desafiador exige planejamento, tempo e recursos financeiros. Por isso, é fundamental que cada vez mais mulheres tenham a oportunidade de se preparar para ocuparem esses lugares, se depender desta gestão humanizada, cada vez mais mulheres irão conseguir sair do ciclo de violência e se capacitarem”, afirma.

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