Pesquisas do Journal of Sports Sciences mostram que 10 minutos de salto com corda são capazes de queimar a mesma quantidade de calorias que meia hora de corrida. Isso porque, no exercício de pulo, mais grupos musculares são envolvidos e o corpo demanda mais energia.
Além de acelerar o emagrecimento, pular corda é uma atividade eficaz para aumentar a saúde cardiovascular. Com o exercício, o músculo cardíaco fica mais forte e há uma melhora da circulação sanguínea, pelo aumento dos batimentos. Isso pode reduzir o risco de doenças, como hipertensão arterial e arteriosclerose, e melhorar o desempenho nos treinos.
Outra vantagem do salto com corda é a tonificação de diferentes músculos. O exercício envolve movimentos repetitivos que exigem a contração constante, o que promove o fortalecimento muscular ao longo do tempo. Ao pular, grupos musculares são ativados, como os da perna, incluindo quadríceps e panturrilhas, o abdômen, a lombar, os braços e os ombros.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, no máximo, 30 minutos dessa modalidade diariamente. Para iniciantes, o ideal é intercalar 30 segundos de pulos com um minuto de descanso, em treinos de 15 minutos. Para segurança e funcionalidade, especialistas indicam o uso de roupa fitness leves e confortáveis e calçados específicos com amortecedor.
Pular corda melhora a saúde física e mental
A OMS explica que, além dos benefícios para o coração e aumento da aptidão física, pular corda tem efeitos na função cognitiva. O exercício exige um alto grau de coordenação entre mãos, pés e olhos, para realizar os movimentos rítmicos, o que pode melhorar o desempenho da memória e da concentração. A atividade também garante a liberação de endorfina e de irisina, hormônios relacionados à melhora do humor e redução do estresse.
O fortalecimento dos ossos é outro benefício resultante dessa modalidade esportiva. Especialistas em ortopedia explicam que o salto com corda gera impacto nos membros inferiores. Toda essa tensão modifica o tamanho, a força e a densidade do osso, o que aumenta a sua resistência e sua massa muscular.
Exercícios de impacto também aumentam os ganhos ósseos, de acordo com um estudo feito por pesquisadores da área de fisioterapia da Universidade de São Paulo. Como consequência, há uma redução do risco de doenças comuns globalmente. Um exemplo é a osteoporose, que aflige mais de 8,9 milhões de pessoas por ano, de acordo com dados da Federação Internacional da Osteoporose (IOF).
Outra vantagem que o salto com corda garante é a acessibilidade e o custo-benefício. Essa modalidade requer, apenas, uma corda, um espaço para praticar e uma roupa adequada. Para as mulheres, um conjunto fitness feminino é ideal para a prática e, para os homens, uma regata e uma bermuda, com boa taxa de transpiração, podem ser boas escolhas.
Atenção aos erros comuns
Educadores físicos e fisioterapeutas explicam alguns erros comuns cometidos por iniciantes ao pular corda. Não ajustar o tamanho do equipamento é o principal deles, de modo que quando é muito grande, se arrasta no chão e atrapalha o praticante no giro. Por outro lado, quando a corda é muito curta, ela bate no tornozelo, dificultando o salto e aumentando o risco de queda.
Outras falhas são colocar o calcanhar no chão, já que o correto é saltar nas pontas dos pés para reduzir o risco de lesão; girar os braços, que devem estar próximos ao corpo, com apenas os punhos realizando o movimento; e dar pulos muito altos que, além de aumentar as chances de se machucar, farão a pessoa cansar mais rapidamente.
A princípio, roupas e calçados adequados devem ser priorizados. Uma calça legging de academia protege as pernas de possíveis momentos em que a corda bate no tornozelo e um tênis com amortecedor de impacto reduz o risco de lesões nos joelhos.
Especialistas chamam a atenção, também, para a necessidade de aprender a ajustar a corda específica para iniciantes, levando em conta o tamanho de cada pessoa. Além disso, manter a postura durante a realização do exercício é importante para garantir resultados. Um espelho pode ajudar a observar possíveis erros e corrigi-los, assim como gravar vídeos.
Para garantir ainda mais segurança, especialistas recomendam consultar um médico e estar em dia com os exames. Eles irão identificar condições de saúde que poderiam ser prejudicadas pela intensidade do treino, como problemas cardíacos, hipertensão e diabetes. O médico também irá auxiliar na montagem de um plano de exercícios personalizado e adaptado às necessidades e limitações.