Projeto Poço de Carbono é apresentado em Congresso Florestal

Redação PH

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Projeto Poço de Carbono é apresentado em Congresso Florestal

Mais de 116 mil toneladas de carbono recuperadas da atmosfera entre 1999 e 2014. Este é um dos resultados do projeto Poço de Carbono Floresta desenvolvido pela Peugeot em parceria com a ONF (Office National dês Fôrets), na fazenda São Nicolau, uma área de 10 mil hectares no município de Cotriguaçu, no Noroeste de Mato Grosso. Essas toneladas de carbono representam a emissão anual de gases de efeito estufa produzidos por automóveis de uma cidade de 300 mil pessoas ou a energia consumida em 35 mil residências durante um ano.

As informações foram apresentadas pela diretora da ONF Brasil, Cleide Arruda, no dia 10 de novembro, em Sinop, durante o I Congresso Florestal de Mato Grosso. O evento foi organizado pela Coordenação do curso de graduação em Engenharia Florestal e do Centro Acadêmico de Engenharia Florestal da UFMT campus Sinop, bem como pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais do campus Cuiabá.

Para o coordenador do evento, Rafael Rodolfo de Melo, professor de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Sinop, a proposta do evento foi promover a interação entre os cursos de Engenharia Florestal do estado, bem como divulgar e fortalecer as pesquisas e o desenvolvimento florestal do estado. O evento contou com mais de 500 inscritos. “Nós demonstramos que o curso de Engenharia Florestal é bastante diversificado e que há uma gama de oportunidades e campo de atuação para o Engenheiro Florestal. Reforçamos a importância do ensino, da pesquisa e da extensão para o desenvolvimento e fortalecimento do setor de base florestal do estado de Mato Grosso”, explica.

“A própria experiência da ONF Brasil, uma importante parceira da UFMT no desenvolvimento de pesquisas e trabalhos de extensão, mostra que as atividades florestais têm que ser embasadas no tripé da sustentabilidade, sendo: socialmente justo, ambientalmente correto e economicamente viável” complementa.

De acordo com a diretora, em apenas cinco anos foram plantadas mais de dois milhões de mudas de 50 espécies diferentes de árvores, sendo 48 espécies nativas da região amazônica e apenas duas exóticas (figueira e teca). O reflorestamento, feito dessa forma, se constituiu em um grande atrativo para o retorno da biodiversidade local. Outro resultado do projeto foi à constatação técnica de que o gado, utilizado na São Nicolau para controlar capim nas áreas de reflorestamento, ganha peso mais facilmente.

Além do plantio, que está em constante monitoramento, o projeto desenvolve pesquisas em outras áreas, o que atrai parcerias com universidades brasileiras e estrangeiras, entidades do terceiro setor e órgãos governamentais, além das atividades de Educação Ambiental com alunos da região. O rigor científico do projeto já gerou dezenas de artigos científicos publicados além do apoio ao desenvolvimento de 15 dissertações de mestrado e teses de doutorado.

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