Projeto de Novo Modal fluvial é apresentado e custará R$ 26 milhões

Redação PH

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Projeto de Novo Modal fluvial é apresentado e custará R$ 26 milhões

A Agência Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá (Agem-MT) apresentou nesta quarta-feira (10.05) o projeto “Grande Rio Cuiabá”, de recuperação e proteção do rio e suas áreas de proteção permanente (APP’s), além da construção de um modal fluvial para Cuiabá e Várzea Grande.

De acordo com a presidente da Agem, Tânia Matos, o projeto compreenderá a intervenção urbana e ambiental em um trecho de 12 quilômetros, entre a Orla do Porto e a comunidade Bonsucesso, criando 19 estações, sendo uma estação central no Porto, que fará articulação com diversos itinerários de ônibus.

“Queremos levar as pessoas para uma vivência com rio e assim despertar o olhar de zelo pelo local, que se tornará uma alternativa de transporte”, salientou Matos, reiterando ainda o fato de que esse tipo de modal foi o primeiro meio de transporte usado por aqui.

Na ocasião, também foi debatida a sustentabilidade do turismo com a criação desse transporte urbano fluvial, além da ocupação responsável das margens do rio Cuiabá.

Segundo a representante da Agem, o projeto é uma forma de intervir e resolver a situação do Rio Cuiabá, considerado por ela a “espinha dorsal” da região metropolitana de Cuiabá.

O governador Pedro Taques explicou que a ideia é criar, por meio da revitalização do Rio Cuiabá, espaços voltados à convivência, às atividades de turismo ecológico, mobilidade e navegação como mecanismo de integração entre Cuiabá e Várzea Grande.

“Assim, o rio deixa de ser um divisor, assumindo o papel de elo entre as duas cidades. A partir dessa transformação sustentável teremos como resultado o equilíbrio entre o homem e a natureza, entre história e desenvolvimento. Nosso legado a todas as gerações”, disse Taques.

A valorização do ribeirinho foi outro ponto destacado pelo governador, que aproveitou o evento para anunciar a construção de mais duas pontes interligando trechos entre Cuiabá e Várzea Grande. “As cidades não podem ficar de costas para o rio. Esse cais está parado há mais de 50 anos”, reclamou Taques.

De acordo com chefe do Executivo estadual o projeto, que será uma Parceria Público Privada, está orçado em R$ 26 milhões de reais, que serão arrecadados por meio da iniciativa privada. Ele explicou que a concessão das estações poderá ficar com empresas diferentes, fomentando atividades diversas em todas elas. “Eu sonhei com esse projeto, que muito importante, então vamos sair de ‘pires na mão’ para conseguir realizá-lo”, afirmou Taques.

O governador comparou ainda o custo da obra ao custo da pavimentação, explicando que cada quilômetro de asfalto na estrada custa R$ 1 milhão, reiterando que o custo total do projeto é muito pequeno para o tamanho de sua importância.

A concepção arquitetônica valoriza elementos regionais e incorpora o folclore local, como a lenda do minhocão, com seus traços que lembram o famoso símbolo da tradição popular cuiabana.

A arquitetura e engenharia foi inspirada na Biomimética, que é um ramo da ciência que estuda as estratégias da natureza para enfrentar as adversidades do meio ambiente, ou seja, o projeto utilizou esses conceitos adequando cada estação às condições de seu local de implantação, sem afetar a natureza.

Como o projeto é pautado na sustentabilidade, ele terá reaproveitamento de água, eficiência energética, tratamento de resíduos e soluções com certificação internacional, diminuindo impactos ambientais.

Todas as estações possuirão acessibilidade com elevadores, equipamentos de transporte adaptado para plano inclinado e rampas com inclinação suave, contemplando assim pessoas com deficiência ou dificuldade de mobilidade.

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