O governador do estado de Mato Grosso, Mauro Mendes, sancionou nesta terça-feira (21) a Lei Estadual 10.885/2019, que altera a Lei nº 10.443, de 03 de outubro de 2016, que dispõe sobre a criação do Programa de Desenvolvimento da Competitividade da Cadeia Produtiva do Trigo em Mato Grosso (Protrigo) e dá outras providências.
Com a nova lei, a redação dos incisos XIX, XX, XXI, XXII, XXIII e XXIV, relacionadas no artigo 1º, ficam com a seguinte redação: XIX- Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso – FAPEMAT; XX – Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT; XXI – Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde – Fundação Rio Verde; XXII – Universidade de Cuiabá – UNIC Agronomia; XXIII – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso – SENAR MT; e XXIV – Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso.
“Esses órgãos foram inseridos no conselho gestor, que são constituídos pelos representantes membros da Câmara Técnica do Trigo, para complementar a expansão de pesquisas do trigo em Mato Grosso. A Assembleia Legislativa teve um papel participativo na construção desses programas do Protrigo no estado”, revelou o autor do projeto, ex-deputado Zé Domingos.
Vale destacar que um dos pioneiros de incentivo para a cultura do trigo em Mato Grosso foi o pesquisador e agrônomo da Empaer, Hortêncio Paro. Ele foi coordenador da Câmara Setorial do Trigo e luta há anos para comprovar que é viável produzir o grão em solo mato-grossense.
“Tecnicamente, vale a pena investir na cultura do trigo em Mato Grosso. Foram feitas pesquisas para a cultura do trigo no estado, tanto nas áreas irrigadas quanto nas de sequeiro, além disso, a cultura desponta como uma boa alternativa para o plantio na segunda safra, especialmente para agricultores que perderam a janela ideal para plantar milho”, apontou Paro.
Dados de uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Agricultura apontam que a produção mundial de trigo atualmente é de 672 milhões de toneladas anualmente. Entre os maiores cultivadores estão a China, Índia, Rússia e Estados Unidos.
No Brasil, os principais produtores são o Rio Grande do Sul e o Paraná, responsáveis por 90% da safra nacional. Em 2015, foram colhidas 7,3 toneladas de trigo no país e foi necessário importar aproximadamente 2 milhões de toneladas.
