Professores participam de palestras sobre Metodologia Ativa em Rondonópolis

Redação PH

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Professores participam de palestras sobre Metodologia Ativa em Rondonópolis

Professores dos cursos de Medicina, Enfermagem, Psicologia e Biologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Rondonópolis, estão participando ao longo da semana de uma série de palestras e atividades relacionadas à metodologia e didática. Para tratar sobre o tema foi convidado o professor Antônio Carlos Sansevero Martins que é coordenador do curso de Medicina da Universidade Federal de Roraima. Ele é especialista em Cirurgia Pediátrica e doutorando em Saúde Materno-infantil. No entanto, ao longo de 30 anos de formação sempre esteve ligado à academia, o que o levou ao mestrado em Educação de Profissionais de Saúde pela Universidade de Maastricht, Holanda.

Atualmente ele desenvolve suas atividades em Cirurgia Pediátrica e Educação Médica, com enfoque em Metodologias Ativas de Ensino e Aprendizagem, desenvolvendo pesquisa educacional com ênfase no uso de ferramentas cognitivas como mapas conceituais, no aprendizado em pequenos grupos, ensino baseado na comunidade, avaliação e em desenvolvimento curricular em Saúde. Essa experiência ele veio compartilhar com os professores de Rondonópolis.

Metodologia ativa é um processo amplo e possui como principal característica a inserção do aluno/estudante como agente principal responsável pela sua aprendizagem, comprometendo-se com seu aprendizado. O processo de educar deixou de ser baseado na mera transmissão de conhecimentos.

A proposta é focar o processo de ensino e aprendizagem na busca da participação ativa de todos os envolvidos, centrados na realidade em que estão inseridos. O objetivo é permitir que o aluno torne-se protagonista no processo de construção de seu conhecimento, sendo responsável pela sua trajetória e pelo alcance de seus objetivos, no qual deve ser capaz de autogerenciar e autogovernar seu processo de formação.

O método de aprendizagem é baseado em problemas que deverão ser “solucionados” em grupo, com o apoio de um tutor. Um problema bem formulado leva o grupo de alunos a eleger objetivos de aprendizado similares aos pensados pelos especialistas como necessários para o crescimento cognitivo do aluno dentro daquele tema específico. “O alunos precisa ser colocado frente a um problema relevante para a prática dele”, diz Sansevero.

As escolas pioneiras na adoção da sistematização da metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABProb) ou Problem Based Learning (PBL) são as escolas de McMaster, no Canadá e a de Maastricht, na Holanda. Apesar da aplicação inicial ser na área médica, metodologia tem sido utilizada em várias outras áreas o conhecimento, como: administração, arquitetura, ciências da computação, ciências sociais, economia, engenharias e matemática.

Outro tema destacado por ele ao longo da semana foi a avaliação. Ele ressaltou que para a metodologia “funcionar”, a avaliação precisa ser bem amarrada e os testes precisam apresentar confiabilidade e validade frente às competências elencadas par avaliação pelo professor. Além disso, o feedback aos estudantes é fundamental para a concretização do processo de ensino e aprendizagem.

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