Professora de Artes aposta na magia do cinema nas aulas não presenciais

A aluna Kemilly Andressa e o desenho sobre seu entendimento do filme que mais gostou do festival. - Foto por: Divulgação

Professora de Artes aposta na magia do cinema nas aulas não presenciais

Mais de 30 filmes estão em cartaz para os alunos da Escola Estadual Malik Didier, no bairro Pedra 90, em Cuiabá. Eles participam da 1ª edição online da Luz Mágica, uma mostra de curtas-metragens nacionais voltada para estudantes.

Os alunos fazem resenha do filme através de desenhos e também comentários. Os trabalhos são coordenados pela professora de arte Jaqueline Kissandre Santana que vê no festival uma oportunidade de mostrar a arte e a magia do cinema.

“A mostra é pensada para ampliar o alcance do cinema e da arte entre o público infanto-juvenil, mas também para os professores, como ferramenta para incentivar as trocas no processo de ensino-aprendizagem durante as aulas remotas”, assinala.

A professora destaca que os mais de 30 filmes e atividades abordam temas diversos, como desigualdade social, preconceito e bullying que podem contribuir para a discussão em sala de aula.

Os alunos ficaram empolgados com os curtas-metragens e muitos deles se identificaram com os filmes. Duas alunas curtiram o filme “Dela”, que aborda a história de uma menina que mora com seu pai e sofre bullyng na escola nova por causa de seu cabelo.

A aluna Kemilly Andresssa, do 1º ano do Ensino Médio, fez um desenho do cabelo da personagem. “Esse também é o meu cabelo e o nome dela é Mandela e não por acaso”, comenta.

Grazielly Cristina, também do 1º ano, vai mais além. “Achei linda a forma que o pai explicou para ela o porquê do nome Mandela, a maneira como ele respondia quando as pessoas faziam bullying”, resume.

Outra aluna, Kariny Amorim do 9º ano, curtiu o filme “Eu queria ser um monstro”. Em seu entendimento, o filme mostra o cotidiano de um menino com crise de bronquite e sua dificuldade em compreender matemática, além de sua relação com os pais.

A professora comemora a participação dos alunos, levando em conta que são moradores de um bairro distante do centro da Capital, mas com muita vontade de enfrentar desafios. “Estamos tendo uma ótima participação pois, considerando que muitos alunos não têm condições de frequentar o cinema, ainda mais agora no momento em que nos encontramos com a pandemia”, ressalta.

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