Professor de educação física em Rondonópolis enfrenta o desafio de trabalhar de forma remota com seus alunos

Recordação da seleção de vôlei campeã dos jogos municipais de Rondonópolis- Foto: Divulgação

Professor de educação física em Rondonópolis enfrenta o desafio de trabalhar de forma remota com seus alunos

Lecionando educação física há mais de 30 anos e com vasta experiência em esportes coletivos, o professor Marco Antônio Mazza enfrenta o desafio de trabalhar de forma remota com seus alunos. Prestes a se aposentar, o professor admite que é preciso se reinventar para lecionar em 2020, dominando a tecnologia e novas metodologias, além de motivar os jovens.

Trabalhando há 24 anos na Escola Estadual José Salmen Hanze, localizada no município de Rondonópolis=, o professor dava suas aulas todos os sábados de manhã com treinamentos de vôlei (masculino e feminino) e futsal (masculino). Os resultados foram os melhores possíveis.

Sagrou-se vencedor, por nove anos consecutivos (2010-2018), dos Jogos Municipais de Rondonópolis na categoria B (12 a 14 anos) de vôlei feminino, por quatro anos conquistou o título de voleibol masculino, além de um vice-campeonato no futsal masculino.

“Estou começando a ter entendimento de todas estas novidades tecnológicas. Na educação física, trabalhamos com o desenvolvimento motor e cultura corporal, é difícil pensar nas aulas de forma virtual. Mas se conciliarmos, tenho certeza que os alunos só teriam a ganhar porque muitos assuntos que trabalhamos a parte teóricas com os vídeos, vem auxiliar os alunos a terem um melhor entendimento”, assegura.

Plataformas e aplicativos

Na escola, além da plataforma Microsoft Teams, o professor trabalha também com grupos de WhatsApp e, com isso, garante trabalhar de forma remota. Os alunos que não têm acesso à internet recebem material apostilado.

Mesmo com a aposentaria próxima, Marco Antônio se sente honrado em estar servindo a rede estadual de ensino como professor da educação básica e, com isso, poder contribuir com a formação intelectual de tantos estudantes.

O professor relembra a sua trajetória de levar o esporte até os alunos, num período em que poucas escolas tinham quadras poliesportivas como dispõem hoje. “No início de minha carreira, usava quadra comunitária e a comunidade também participava”.

Na EE José Salmen, Marco Antônio levou seus alunos para jogos regionais e estaduais. Com isso, os alunos tiveram a oportunidade de jogar e assistir aos jogos de outras equipes e interagir com alunos de outros municípios.  No entendimento do educador, foi uma oportunidade única na vida destes estudantes como atletas e que será uma boa recordação para o resto de suas vidas.

“Estou próximo da aposentadoria, mas posso dizer que dentro da minha área de Educação Física, sou uma pessoa realizada. Não vejo a hora que tudo isto acabe pois estamos todos com saudade do calor humano dos colegas de trabalho e dos alunos”, salienta.

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