Preço das ações aumenta interesse das pessoas por investimento na Bolsa de Valores

Redação PH

Redação PH

diário oficial da união publica decreto com o novo salário mínimo de r$ 937

Preço das ações aumenta interesse das pessoas por investimento na Bolsa de Valores

Considerado de alto risco, o investimento em ações na Bolsa de Valores tem chamado bastante atenção da população, especialmente nos últimos meses, com aumento da procura por informações sobre como comprar ações da Petrobras.

Isso porque o nível do preço atual das ações da estatal está cotado a R$ 4,42 para as ações Preferenciais (PN) e R$ 6,28 para ações Ordinárias (ON).

Mesmo aqueles que nunca pensaram em investir na Bolsa de Valores, já devem ter ouvido a máxima de que se deve comprar ações em baixa para vender em alta. Mas vale mesmo a pena investir em tais ações?

Único profissional de Mato Grosso certificado pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) – órgão de representação e auto regulação do mercado – que criou o Certificado de Gestores Anbima (CGA), o chefe da Mesa de Investimentos da Ouro, Ronan Grings, explica algumas cautelas que devem ser tomadas por quem está pensando nesse tipo de investimento.

“Investir é diferente de especular. Comprar ações somente com a justificativa de que está barata, com perspectiva de alto retorno no futuro, sem considerar a participação deste ativo na sua carteira, é especulação. Quando se faz a análise profunda e considera a importância do papel no seu planejamento financeiro, isto é investimento”, ressaltou.

No Estado, até o fim do ano passado, 3,311 mil pessoas físicas realizavam investimentos na Bolsa de Valores.

Para aqueles que estão se sentindo atraídos pelos baixos preços das ações da Petrobrás, é importante, conforme Grings, ter em mente que o contexto atual da empresa é incerto e traz grande volatilidade.

De acordo com os dados da BM&F Bovespa, a volatilidade anualizada das ações Ordinárias da Petrobras é de 62,47% e o das Preferenciais é de 60,29%.

“Isso significa que, com índice de confiança de 68%, as ações tendem a variar entre -60% a +60%. Então, a pergunta que fazemos é: você aceitaria ver seu patrimônio cair 60% em um ano?”, explica o gestor.

Defensor da estratégia de alocação de recursos, que consiste em diversificar os investimentos de forma que eles possam ajudar o investidor a alcançar seus objetivos de vida e financeiro, Grings sugere educação financeira e busca por uma assessoria especializada antes de começar a investir, ainda mais levando em consideração que investir em ações é arriscado e não há garantia de retorno.

Apesar dos riscos, o profissional destaca que, para quem deseja comprar ações da estatal existem algumas maneiras de fazê-lo protegendo capital. Entre as mais simples, está a compra da ação com seguro contra queda e a aquisição do direito de compra.

Também vale lembrar que no mercado financeiro a dica é não comprar ações com controle governamental.

“Esta tese é defendida devido à incapacidade do governo em gerir de forma eficiente os recursos. Basta olharmos ao nosso redor para constatarmos como são ruins e precários os serviços prestados pelo governo, como saúde, educação, transporte. Agora imagine uma empresa com controle estatal?”, questiona o gestor.

+ Acessados

Veja Também