Prazo para aprovação da PEC do teto dos gastos deverá ser estendido, diz Botelho

Redação PH

Redação PH

prazo para aprovação da pec do teto dos gastos deverá ser estendido, diz botelho

Prazo para aprovação da PEC do teto dos gastos deverá ser estendido, diz Botelho

O governador em exercício de Mato Grosso, Eduardo Botelho (PSB), disse que haverá um esforço concentrado nos próximos dias para que o estado não perca o prazo para a renegociação da dívida com a União. Isto porque essa ação depende do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que limita os gastos públicos de Mato Grosso. O Regime de Recuperação Fiscal (RRF) vai atingir todos os Poderes, incluindo Tribunal de Contas, Ministério Público e Defensoria Pública.

Em entrevista nesta terça-feira (14.11), no Palácio Paiaguás, Botelho, que comanda Mato Grosso até amanhã (15.11), em virtude da agenda internacional do governador Pedro Taques e do vice Carlos Fávaro, explicou os motivos da demora na tramitação da PEC, que deveria ser aprovada até o próximo dia 30.

“Não vamos conseguir aprovar dentro do prazo combinado, que seria até dia 30 de novembro, porque a proposta recebeu substitutivos e emendas. A PEC requer duas votações, ou seja, o mesmo texto tem que ser votado duas vezes com intervalos de 15 dias, isso gerou um complicador para aprovarmos a PEC dentro do prazo”, informou o governador, ao acrescentar que além dos deputados de oposição ao governo, a tramitação também esbarrou nos feriados de novembro, momento em que os parlamentares aproveitam para intensificar visitas às bases, fato que pode esvaziar a sessão plenária.

Contudo, Botelho assegurou empenho à consolidação da PEC e já trabalha com a equipe técnica do governo para que Mato Grosso não perca R$ 1,3 bilhão com a renegociação da dívida. “A equipe econômica do governo seguirá para Brasília para pedir mais uns 10 dias de prazo até que a PEC seja devidamente aprovada”, afirmou, ao esclarecer que a proposta será aprovada sem deixar dúvidas na lei.

Com a aprovação da PEC, Mato Grosso pode aderir ao Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal, proposto pela União, e que prevê o alongamento de prazo para o pagamento de dívidas públicas, medida que alivia as contas do poder público e garante novos investimentos no estado e nos municípios.

Na justificativa da PEC, o governador Taques destaca que a despesa primária corrente teve um grande salto de 2008 a 2016 e a PEC seria o caminho para o controle das contas públicas, afim de evitar o desequilíbrio financeiro. Em 2008, a despesa primária representava 78,88% da receita primária. Já em 2016,a despesa chegou a 91,75% da receita primária.

Salários– Botelho também reafirmou o compromisso em efetuar o pagamento de salários dos servidores. Expectativa é que até o próximo dia 20, a folha salarial seja quitada. “Priorizamos o pagamento dos salários, para que possamos iniciar outras pautas de discussão”, afirmou.

+ Acessados

Veja Também