Polos de Agricultura Irrigada já alcançam 530 mil hectares de área produtiva no Brasil

Polos de Agricultura Irrigada já alcançam 530 mil hectares de área produtiva no Brasil Foto: Adalberto Marques/MDR

Polos de Agricultura Irrigada já alcançam 530 mil hectares de área produtiva no Brasil

O projeto Polos de Agricultura Irrigada atingiu, em seis meses, 530 mil hectares – área mais de duas vezes superior ao tamanho do Distrito Federal. A iniciativa integra a estratégia do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para alavancar setores produtivos já existentes, unindo crescimento econômico e preservação ambiental.

As parcerias entre produtores e gestores públicos alcançam 39 municípios nos estados da Bahia, Goiás e Rio Grande do Sul, com previsão de expansão para mais outras três unidades da Federação.

Ministro do Desenvolvimento Regional Gustavo Canuto durante o Lançamento do Polo de Agricultura Irrigada do Planalto Central de Goiás e visita a fazendas da região. FOTO:ADALBERTO MARQUES/MDRO projeto,  desenvolvido por meio da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano (SDRU), do MDR, integra a Política Nacional de Irrigação e apoia o setor produtivo em áreas ondeederação até o início de 2020.

a agricultura irrigada tem sido indutora de desenvolvimento e geração de emprego e renda,  a partir de um trabalho cooperativo entre os setores público e privado.

Segundo o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, o MDR atua como intermediário para auxiliar os produtores rurais a terem melhores condições para o cultivo, em busca do desenvolvimento econômico e social das regiões atendidas.

“O MDR é um porta-voz das necessidades dos agricultores. Nós faremos uma gestão com outros ministérios e órgãos para permitir que a atividade econômica possa crescer no ritmo demandado pelo mercado e pela iniciativa privada, gerando riqueza e os empregos que esperamos”, destacou. “Usa-se a mesma área para produzir mais, assegurar mais renda a famílias e garantir o desenvolvimento da região como um todo. Essa é uma orientação expressa do presidente Jair Bolsonaro”, afirmou o ministro.

Durante visita a áreas do Polo de Irrigação Planalto Central de Goiás, o ministro destacou que, embora o governo apoie projetos públicos de irrigação, o setor privado é quem responde pela maior quantidade de área irrigada do país, 97% do total.

“Essa ação do MDR busca aproximar os atores, identificar as dificuldades que ainda possam existir e direcionar a atuação em nível federal, estadual e municipal”, complementa o ministro.

Capilaridade

Os polos surgem a partir da organização dos próprios produtores locais. Para a instalação da unidade, eles participam de uma oficina que define a área de abrangência e a carteira de projetos. Atualmente, são quatro:

Polo de Agricultura Irrigada da Bacia do Rio Santa Maria, no Rio Grande do Sul: alcança cerca de 120 mil hectares nos municípios gaúchos de Cacequi, Lavras do Sul, Dom Pedrito, Rosário do Sul, São Gabriel e Santana do Livramento.

Polo de Irrigação Sustentável do Vale do Araguaia: integra mais de 100 mil hectares das cidades de Britânia, Jussara, Santa Fé e Montes Claros de Goiás.

Polo de Agricultura Irrigada do Planalto Central de Goiás: alcança 120 mil hectares espalhados por Alexânia, Cabeceiras de Goiás, Campo Alegre, Catalão, Cristalina, Flores de Goiás, Formosa, Ipameri, Luziânia, Silvânia, Vianópolis e Vila Boa.

Polo de Irrigação do Oeste da Bahia: são 190 mil hectares distribuídos por 17 municípios – Barra, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Cocos, Coribe, Correntina, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Luís Eduardo Magalhães, Muquém do São Francisco, Riachão das Neves, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, São Desidério, São Félix do Coribe e Serra do Ramalho.

Até o início do próximo ano, há a previsão de que outros três também estejam funcionando: de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso, na região de Sorriso (MT).

Lançamento do Polo de Agricultura Irrigada do Planalto Central de Goiás FOTO:ADALBERTO MARQUES/MDR

Investimentos e critérios

A secretária nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Adriana Melo, diz que os polos já estimulam a atração de investimento específicos para seus territórios. “Isso tem acontecido com a participação de parlamentares no processo, pois eles têm se disponibilizado e demonstrado a intenção de apoiar essas iniciativas por meio da destinação de emendas”, explica.

Os critérios para a escolha das localidades atendidas pelo projeto do MDR e a metodologia empregada para o planejamento das ações estão na Portaria nº 1.082, publicada em abril deste ano. Os pré-requisitos para a seleção dos polos são: existir organização social na área, com associação de irrigantes organizada; ter representatividade na agricultura irrigada, com destaque na produção estadual ou regional; e ter potencial de aprofundamento tecnológico, de inovação e de expansão.

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