Políticos: 70% dos brasileiros não têm um preferido

Redação PH

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Políticos: 70% dos brasileiros não têm um preferido

Você tem um político preferido? Se esta pergunta for feita aos brasileiros, sete em cada 10 pessoas responderão que não.

Um levantamento realizado em 70 cidades do país, pela agência de pesquisas Hello Research, mostrou que 67% não têm nenhum nome de confiança na classe política. Em relação aos partidos, a conclusão é quase a mesma, com 64% dos entrevistados sem simpatia por legenda alguma.

Entre os políticos citados, a presidente Dilma Rousseff foi a mais lembrada, com 7% da preferência e seu antecessor, Luís Inácio Lula da Silva (PT), aparece na segunda posição, com 6%. Marina Silva e Aécio Neves, ambos derrotados na última eleição presidencial, vêm nas posições subsequentes com 5% e 2%, respectivamente.

O PT é o partido que possui mais simpatizantes, com 14% dos entrevistados. A segunda posição é do PMDB, com 4%, e o PSDB é o terceiro, com 3% – os dois últimos são mais fortes na região Norte e Centro-Oeste.

Para a cientista política Jacqueline Quaresemin, a situação política atual, mesmo que pautada por inúmeras denúncias de corrupção, é importante para discutir a sociedade brasileira.

“Entendo o momento como muito rico, seja porque os partidos estão tendo que rever suas posturas diante dos cidadãos e as pessoas estão acompanhado mais a política”, afirma. É uma democracia nova, recente. A gente tem que cuidar muito, apostar alguma coisa, porque senão fica sem saída. As lideranças (políticas) estão queimadas.”

O também cientista político Aldo Fornazieri ressalta que, para mudar o quadro de desilusão do brasileiro com a política é preciso mudanças estruturais.

“Os partidos dependem cada vez menos da sociedade. Se nós fizermos estruturas partidárias fortes, temos que criar mecanismos que permitam uma interação maior entre partidos e sociedade, não entre partidos e empresas, e não entre os próprios partidos e o Estado”, argumenta, ao falar sobre a aprovação pela Câmara do financiamento empresarial a partidos, que considera nocivo.

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