Luan Felipe Alves Pereira, policial militar flagrado arremessandoum homem de uma ponte na região de Cidade Adhemar, zona sul de São Paulo,foi detido na manhã de hoje, quando foi prestar depoimento. Ele foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes, conhecido como Barro Branco, na zona norte da capital paulista.
O pedido de prisão havia sido feito pela Corregedoria da PM à Justiça Militar, a princípio para averiguação e agora preventivamente, após decreto do juiz militar Fabrício Alonso Martinez Della Paschoal. Com a determinação, o agente policial ficará sob custódia enquanto acontecem as investigações do caso.
No dia seguinte ao caso, a cúpula da Secretaria da Segurança Pública já havia mandado afastar 13 agentes envolvidos na ocorrência, entre Pereira. O grupo é do 24.º Batalhão de Polícia Militar (BPM), de Diadema, região metropolitana.
Segundo a corporação, os PMs fizeram o registro no sistema operacional da polícia de uma perseguição por cerca de dois quilômetros a uma moto com dois homens considerados suspeitos, mas sem mencionar qualquer arremesso de viaduto. O caso só veio à tona após a divulgação das imagens da ocorrência.
O rapaz atirado da ponte na região de Cidade Ademar não pôde receber socorro logo após a queda, segundo testemunhas.
A gravação circulou nas redes sociais e aumentou a pressão sobre Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública (SSP). O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse, porém, que manterá Derrite no cargo e destacou a melhora de indicadores criminais – roubos e furtos estão em queda no Estado.
Luan já foi indiciado em outro caso controverso de homicídio ocorrido em Diadema, quando um homem foi morto a tiros. No entanto, este caso foi arquivado no início do ano, com o Ministério Público alegando legítima defesa do policial.