O atropelamento que deixou no domingo (18) uma pessoa morta e outras 10 feridas em frente à mesquita de Finsbury Park, em Londres, na Inglaterra, tem indícios de terrorismo.

A afirmação foi feita pela Polícia Metropolitana de Londres nesta segunda-feira (19), que citou a “metodologia” empregada na ação como sendo típica da utilizada em atentados terroristas.

Segundo o subcomandante da Scotland Yard, Neil Basu, aparentemente apenas uma pessoa estava na caminhonete que atingiu as vítimas, muçulmanos que saíam da mesquita no momento do atropelamento. "Isso foi um ataque contra Londres e todos os londrinos. Devemos permanecer lado a lado contra esses extremistas", afirmou Basu.

O suposto agressor seria um homem de 48 anos, que foi capturado por uma multidão logo após o atropelamento e, depois, levado pela polícia. O suspeito permanece sob custódia policial e, por enquanto, não foram identificados outros possíveis participantes da ação.

Entre os feridos, oito ainda estão internados em três hospitais de Londres e dois deles estão em estado considerado crítico. Outras duas pessoas foram atendidas no local e liberadas em seguida.

(Foto: reprodução/Instagram)

Segundo a rede BBC, o Conselho Muçulmano da Grã-Bretanha (MCB) teria garantido às autoridades que o motorista do veículo jogou o carro sobre os fiéis de forma intencional. A entidade teria dito, ainda, tratar-se de um caso de 'islamofobia' e pedido segurança adicional no entorno das mesquitas.

Por meio das redes sociais, o prefeito de Londres Sadiq Khan classificou o ocorrido como um "ataque terrorista terrível contra pessoas inocentes". O mandatário afirmou que o caso ainda está se desdobrando, mas garantiuque foi um atentado. Khan pediu que a população de Londres se mantenha calma e vigilante, reportando qualquer ato suspeito à polícia.O prefeito da capital inglesa ainda assegurou que o policiamento foi reforçado próximo das comunidades, especialmente das que estão atravessando o Ramadã.

Em breve comunicado, a primeira-ministra britânica Theresa Mayclassificou o atropelamento coletivo como um "incidente terrível" e como um "potencial ataque terrorista". A premier se mostrou solidária e afirmou que seus pensamentos estavam com as vítimas, com os familiares dos feridos e com os serviços de emergência destacados para atuar no local.

O incidente ocorre em meio ao mês do Ramadã e muitos muçulmanos haviam acabado de deixar a mesquita após as orações noturnas, depois de encerrarem o jejum que dura todo o dia, até o pôr do sol.

No mês passado, em 22 de maio, a explosão de uma bomba deixou 22 mortos e dezenas de feridos ao final do show da cantora Ariana Grande na cidade de Manchester, também no Reino Unido. No último dia 3 de junho outro ataque terrorista deixou dez mortos, sete vítimas e três terroristas. Na ocasião, uma van atropelou pedestres na London Bridge e, na sequência, terroristas esfaquearam pessoas em uma região repleta de bares, perto do local onde houve o atropelamento coletivo.