Plataforma online da Seduc tem mais de 15 milhões de visualizações e 6,7 milhões de downloads

As irmãs Valentine e Isabelle Soares de Moraes Silva, utilizam o notebook para acessar as atividades - Foto por: Divulgação

Plataforma online da Seduc tem mais de 15 milhões de visualizações e 6,7 milhões de downloads

Os esforços para que a plataforma Aprendizagem Conectada – criada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) – chegue aos alunos da rede estadual de ensino podem ser traduzidos em números. Em 11 semanas, foram 15,8 milhões de visualizações de páginas. No período – de 14 de abril até 28 de julho – foram realizados 6,7 milhões de downloads somados o ensino fundamental, médio, educação para o campo, indígena e quilombola.

Os números não param por aí. Foram cerca de 2,1 milhões de sessões (período em que um usuário está envolvido com o site) e 445.000 usuários que iniciaram ao menos uma sessão durante o período.

Além disso, para atender a todos os alunos, foram impressas mais de 900 mil apostilas para os estudantes que não têm acesso à internet – uma média de 82.500 por semana. O número de alunos atendidos pela plataforma é maior porque muitos diretores de escolas baixam o material no celular e envia por aplicativos. Com isso, o aluno não só tem a facilidade ao acesso como não tem gastos com os planos de internet.

Um levantamento feito pela Seduc – utilizando a ferramenta Google Analytics – aponta que 75% das visualizações são realizadas através de celulares. Para o restante, são utilizados notebooks ou computadores de mesa.

As irmãs Valentine e Isabelle Soares de Moraes Silva, utilizam o notebook para acessar as atividades. Para não sair da rotina, são três horas diárias de estudo no período da manhã. Das 8 horas até as 11 horas, eles pegam o computador portátil e estudam na sala de sua casa, em Várzea Grande. Valentine cursa o 8º ano e Isabelle, o 6º ano, na EE Pedro Gardés.

“A gente faz essa rotina para quando a aulas retornarem, já estaremos prontas. Estudo toda as disciplinas, mas tenho preferência por Língua Portuguesa e Artes. São as que mais estudo”, explica Valentina. A irmã dela, Isabelle se dedica mais a língua portuguesa e matemática, fazendo todos os exercícios.

A secretária Adjunta de Gestão Educacional, Rosa Maria Luzardo, destaca que para os alunos que não têm internet em casa, as escolas têm o compromisso de imprimir as apostilas.

A Aprendizagem Conectada trabalha com atividades complementares de todas as áreas de conhecimento com exercícios tanto para o ensino fundamental como para o ensino médio.  “Os pais são orientados a procurar a escola – preferencialmente por telefone ou aplicativo – e solicitar esse material que será entregue por agendamento para evitar aglomeração”, salienta.

Na maioria das unidades escolares, os diretores orientam pais e alunos pelos grupos de WhatsApp informando sobre o link da plataforma e quando estará disponível. Nesses mesmos grupos, os gestores baixam o conteúdo e enviam, via aplicativo, para quem tem uso limitado de internet ou faz a opção de receber os exercícios escolhidos.

Virtual ou presencial

Na Escola Estadual Adalgisa de Barros, em Várzea Grande, o diretor João Batista Lemos Penha tira dúvidas com os pais que procuram a escola estão sendo orientados como ter acesso à plataforma. “No caso dos pais que procuram a escola presencialmente, explicamos diretamente no celular dele, fazemos o acesso e tiramos todas as dúvidas. Se não tem internet, fazemos a impressão e entregamos para o pai. Como só atendemos ensino médio, a procura maior é dos alunos do 1º ano embora em relação aos demais anos, a procura também é expressiva”, destaca.

O diretor da Escola Estadual Jercy Jacob, em Várzea Grande, Marlon Christian Rosa, criou um grupo de WhatsApp para cada ano do ensino fundamental. Em cada grupo, o diretor colocou todos os pais conforme o celular que consta na ficha de matrícula.

“Nesse grupo, passamos todas as informações possíveis sobre a aprendizagem conectada e também perguntamos quem não tem acesso à internet. Para os pais sem internet, fazemos o agendamento para a retirada das apostilas. A maior parte dos alunos utilizam o celular e alguns, computador. Acredito que uns 30% dos alunos não dispõem de internet em casa. Nesses casos, a apostila está à disposição aqui na escola”, assinala.

Para alguns gestores, como Maurício Almeida, diretor da EE Ângelo Melhorança, em Nova Maringá (a 393 quilômetros ao médio-norte da Capital), o “material é bem elaborado, preparado com sutileza, e que tem suprido o aprendizado aos nossos alunos de maneira eficaz. Veja o vídeo completo aqui.

Os pais solicitam e as escolas entregam as apostilas impressas. Foto: Divulgação

Assessorias

Na dúvida, como explicar o funcionamento da plataforma e a impressão dos conteúdos, os diretores contam com a colaboração dos assessores pedagógicos. “Estamos monitorando e assessorando diariamente as escolas na educação conectada. Seja na sua entrega de material impresso e também orientações sobre o funcionamento da plataforma”, explica o assessor pedagógico em Várzea Grande Denilson Soares da Silva.

A Assessoria Pedagógica em Rondonópolis (a 212 quilômetros ao sul da Capital) utiliza as mensagens da plataforma para mobilizar os alunos. Com isso, é possível chegar aos alunos, mesmo os que não possuem conexão com a internet. “Temos famílias cujos pais utilizam o celular para trabalhar e é a única conexão com a internet. Nesses casos, orientamos aos pais procurarem e escola e pegar o material impresso”, ressalta a assessora pedagógica Isabel Paulina Gonçalves.

A assessora assegura que todos os alunos da rede estadual em Rondonópolis estão sendo atendidos, incluindo escolas do campo e indígenas. “Como a maior parte dos nossos alunos das escolas urbanas acessam a internet, fica mais fácil estudar pela plataforma”.

A maior parte dos estudantes tem acesso a plataforma Educação Conectada utilizando celular.
Foto: Divulgação

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