Petrobras: crise reduz busca por cursos profissionalizantes

Redação PH

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crise econômica pode trazer oportunidades de investimento, avalia especialista

Petrobras: crise reduz busca por cursos profissionalizantes

A crise da Petrobrás reduziu a procura por cursos relacionados ao petróleo nos principais centros de ensino do país. O recuo acontece após um "boom" de inscrições em anos anteriores, que havia sido provocado pela descoberta do pré-sal.

O afastamento dos alunos teria sido motivado pela estagnação do plano de negócios da estatal.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro os mais afetados foram os cursos profissionalizantes, que formam mão de obra para prestadoras de serviço da empresa.

A PetroEnsino, que fica na Lapa, na zona oeste da capital paulista, redirecionou o foco do negócio. Apesar de na sala de aula ainda estarem presentes os recortes de jornal sobre a Petrobras, o curso lecionado é para cuidador de idosos.

O dono da insituição, Milton Matone, desistiu de oferecer o curso de Petróleo e Gás depois de não conseguir o número mínimo de interessados.

Na gradução, em que o curso de Engenharia de Petróleo tem duração de cinco anos, os reflexos são menores. Mas ainda assim a situação preocupa. Recém-formado pela Universidade Católica de Santos, Nelson Zuniga diz que quem está entrando no mercado de trabalho enfrenta as consequências da crise.

"Alguns colegas que já se formaram não conseguiram trabalho na área justamento por essa baixa na área do petróleo", conta o recém-formado.

O professor Ary Plonski, que acumula experiência de décadas na área, afirma que o investimento no setor é o caminho para superação da crise. "Se por um lado há um tendência de perda de atratividade de um setor por conta de um ambiente turbulento, por outro lado é justamento o local errado para se reduzir gastos", aponta.

O Plano de Negócios da Petrobrás previam injeção de R$ 220 milhões por ano para o período até 2018.

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