Pesquisadores enfatizam a adesão das boas práticas agronômicas para o controle de pragas do algodoeiro

Pesquisadores enfatizam a adesão das boas práticas agronômicas para o controle de pragas do algodoeiro

Pesquisadores enfatizam a adesão das boas práticas agronômicas para o controle de pragas do algodoeiro

As pragas são um dos fatores limitantes da produção e da produtividade da cultura do algodão. Pesquisadores especializados em Entomologia têm observado a evolução da resistência de pragas a tecnologias químicas e de transgenia.

Esses problemas no cultivo do algodão podem ser minimizados a partir de boas práticas que devem ser adotadas pelos produtores rurais e equipe.

Paulo Degrande, pesquisador da UniversidadeFederal da Grande Dourados (UFGD), recomenda a adesão plena das boas práticas agronômicas que inclui: monitoramento criterioso, dessecação antecipada, tratamento de sementes, refúgio estruturado, controle de plantas voluntárias, vazio sanitário, janelas de aplicação com diferentes modos de ação de defensivos fitossanitários e gestão de pessoas na mais alta qualidade.

De acordo com o pesquisador, a cotonicultura, assim como outras culturas, é muito dinâmica, há vários fatores que podem interferir no resultado da produção, ou seja, há temporadas boas e outras desfavoráveis. Por isso o produtor deve ficar sempre atento.

“Sempre vejo a safra de algodão em um horizonte de ao menos cinco anos de cultivo, pois teremos momentos bons e outros nem tanto. Nesta safra 2017/18, digo que tivemos um dos melhores momentos do Século 21, com poucas limitações em termos de produtividade”.

“Somente quem realmente manejou abaixo do mínimo não foi bem, casos isolados. Mas em um horizonte de longo prazo, vejo problemas com a concentração da produção e a redução do número de produtores por falta de escala e perda de competitividade”.

“A evolução da resistência de pragas aos métodos de controle, a necessidade de mais ecologia no sistema e finalmente a manutenção dos bons preços da fibra no Mercado Internacional”, avaliou Paulo.

Esta avaliação e recomendação é partilhada por Lúcia Vivan, pesquisadora da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT.

Para a especialista como cada lavoura é uma, cada safra é uma, então não há receita de bolo, produtor rural e equipe tem que lançar mão do monitoramento constante da lavoura, não pode descuidar, tem que estar sempre alerta.

“É preciso a adoção das práticas agronômicas bem como o manejo integrado para controle das pragas”, ressaltou Lúcia.

Ambos pesquisadores fazem parte da equipe técnica do X Encontro Técnico de Algodão que está sendo realizado pela Fundação MT desde quarta (29) em Cuiabá/MT. Eles alertaram os participantes do evento bem como apresentaram informações sobre as pragas que mais infestaram as lavouras de algodão na última safra.

Conforme Lúcia, em algumas regiões produtoras de Mato Grosso o ataque de percevejo castanho da raiz afetou o desenvolvimento inicial das plantas e comprometeu a produtividade.

“Uma preocupação e necessidade de monitoramento e controle durante o ciclo da cultura é para o bicudo e as lagartas spodoptera e helicoverpa que podem comprometer a produtividade”.

Apontou a pesquisadora como outro problema para a cultura do algodoeiro em virtude das práticas de controle adotadas e pela polifagia dessas lagartas dentro do sistema de produção.

Diante destes e de outros fatores que podem limitar a produção do algodoeiro é que os pesquisadores reforçam que a atividade agrícola exige a adoção das boas práticas agronômicas, sem ela não há como ter sucesso duradouro do negócio.

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