Pesquisador norte-americano defende capacitação como a ‘chave’ para o sucesso no confinamento

Redação PH

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Pesquisador norte-americano defende capacitação como a ‘chave’ para o sucesso no confinamento

Cinco estações para abordagem técnica sobre manejo, nutrição e confinamento de gado de corte recepcionaram os participantes das atividades práticas do 8º Simpósio Nutripura, o Dia de Campo, no último sábado (03.06). As experiências desenvolvidas no Centro de Pesquisas Nutripura, unidade criada há dois anos pela empresa em uma fazenda em Pedra Petra (a 50 Km de Rondonópolis), serviram de base para demonstrações em cada um dos pontos de visita, todos conduzidos por colaboradores e pesquisadores que lá atuam.

O professor norte-americano da Universidade do Kansas (EUA), James Drouillard, palestrante inclusive do dia anterior do evento, em Rondonópolis, recebeu os visitantes em sua estação com a ênfase na necessidade de se formar pessoal comprometido com o sistema de criação em confinamento, o que ele chama de “a chave” para o sucesso do negócio. Durante os dois dias de atividade deixou claro aos criadores que mais importante do que tecnologia, escolha dos alimentos e estrutura eficiente para o confinamento é essencial treinar pessoas para que executem diariamente os mesmos passos no cuidado com os animais.

“Vocês acham que esse é um negócio de gado, mas, na verdade, trata-se do ramo de pessoas, porque vocês precisam de pessoal capacitado para realizar a mesma coisa todos os dias. Você tem que gerenciar pessoas de forma correta para ter sucesso. A pessoa tem que entender os objetivos e você tem que treiná-la sempre sobre eles”, reforçou o professor, que também é um dos conselheiros técnicos da Nutripura.

Com o uso de um esquema piramidal para explicar os pontos principais do manejo de rebanho confinado, Drouillard destacou também a necessidade de manter boas instalações e estabelecer claramente as estratégias e metas a serem alcançadas. “Você também precisa ter boas instalações, bem mantidas, junto de pessoal bem treinado, estabelecendo as metas e objetivos para a produção. Assim, a produtividade e a saúde animal acabam se cuidando sozinhos”.

Na palestra da sexta-feira, o professor do Kansas apontou as diferenças entre os sistemas de produção de gado de corte americano e brasileiro. Disse que nos EUA a grande maioria do rebanho é criada em confinamento, sobretudo por conta da escassez de pasto de qualidade, ao contrário do que existe no Brasil. Em virtude disso, a tecnologia na nutrição animal é largamente utilizada. Deonstrou formas de produção em diversos estados americanos informando que 60% do gado confinado estão nos estados do Kansas e do Texas, este último detentor do maior rebanho.

ROTEIRO – As visitas às cinco estações começavam por uma explanação sobre o funcionamento geral do Centro de Pesquisas Nutripura. Na sequência, os participantes ouviam uma apresentação sobre ciclo de planejamento para o confinamento. Na segunda parada, o assunto era o sistema intensivo de produção a pasto. Na próxima visita, os interessados passavam ao conato com a experiência norte-americana de confinamento, além de conhecer quais problemas e táticas de prevenção e recuperação da saúde animal, momento da visita aos 12 piquetes de confinamento da fazenda, com 600 animais ao todo. O próximo passo era conhecer os produtos usados na nutrição animais dentro do confinamento, as propriedades das variedades possíveis e seus ganhos. Por fim, os participantes conheciam todos os pilares doo Centro de Pesquisa Nutripura.

“A fazenda está lastreada nesses pilares, entre pesquisa, formação de pessoas, fazenda padrão Nutripura e inovação tecnológica. Então, nós temos a fazenda como platô para todas as coisas, mas é uma fazenda que está produzindo, que tem suas contas e as fecha, que tem lucratividade. E em cima disso, temos o sistema de produção de pesquisa com todo o rigor das universidades e a gente também consegue fazer formação de pessoas”, completou o diretor da empresa Roberto Aguiar.

REALIZAÇÃO – O 8º Simpósio é uma realização da empresa Nutripura e conta com o apoio do Sistema FAMATO/SENAR/IMEA, da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), além de diversos patrocinadores.

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