A soja de Mato Grosso foi assolada por uma colheita chuvosa que tem ocasionado perdas de 10 a 50%, seja por não colher, seja por umidade, grãos ardidos e perda de peso. Alguns produtores já abandonaram a colheita por considerar perda total de talhões inteiros e estão semeando o milho sobre a lavoura de soja.
Outro fator que tem se agravado é o plantio de milho de segunda safra, onde a chuva torrencial e continuada tem atrapalhado a semeadura, mesmo produtores que já colheram 60% de sua lavoura não conseguiram ainda plantar mais de 30%, produtores estes que na safra anterior já teriam semeado 50%, produtores estimam que irão entrar plantando Março adentro em virtude do atraso no plantio, e com isto torcem para que a chuva não corte mais cedo já que março é um mês onde o plantio entra em uma faixa de risco.
Classificação
Segundo a Aprosoja, em anos chuvosos como este, outro fator se agrava que é a classificação, afinal como se diz no popular em anos chuvosos a faca corta fundo, e com há grande insatisfação e impotência por parte dos produtores. A classificação é terceirizada e deixa dúvidas quanto a sua eficiência. Produtores defendem ajustes na classificação de grãos no Brasil e contam que a Aprosoja institua um comitê arbitral para que controvérsias sejam solucionadas. "Enquanto isto os produtores pagam o pato".
Resta torcer para que as chuvas deem trégua e os produtores consigam normalizar a colheita, e o prejuízo não seja maior do que o já causado.