Pátio cobra celeridade em investigação de morte de líder rural

Lucas Perrone

Lucas Perrone

Pátio cobra celeridade em investigação de morte de líder rural

O prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio, procurou o Secretário de Segurança Pública de Mato Grosso Alexandre Bustamante dos Santos em Cuiabá esta semana, para cobrar agilidade e comprometimento na elucidação da morte violenta do líder de Trabalhadores rurais e presidente do PC do B de Jaciara, Afonso João da Silva, de 56 anos de idade.

Afonso era forte liderança dos trabalhadores rurais e chegou a ser candidato a vereador em Jaciara nas eleições municipais de 2016, pelo PC do B.

O prefeito era amigo pessoal da vítima e da família com quem mantinha estreitos laços de amizade; e, solidário aos amigos, familiares e correligionários partidários, prometeu se empenhar em esclarecer as circunstâncias da morte do companheiro trabalhador.

Segundo informações policiais, o líder rural teria sido morto a tiros na noite do último sábado (15/02) em circunstâncias, e por razões ainda não esclarecidas, quando se encontrava num barraco no “Assentamento Renascer União da Vitória”, que fica a margem da BR-364, nas proximidades da entrada que dá acesso a Usina Porto Seguro, em Jaciara.

O caso já está sendo devidamente investigado pela Polícia Judiciária Civil que trabalha para a elucidação e identificação do responsável, ou responsáveis; bem como, para esclarecer as eventuais razões para esse crime bárbaro e violento.

Durante a visita a cidade na manhã desta quarta-feira (19), o secretário de segurança Alexandre, confirmou que as investigações estão bem adiantadas e que o caso será esclarecido em breve com a prisão do autor, que inclusive, já teria sido identificado. De acordo com ele, assim que for preso, toda essa situação deverá estar completamente esclarecida, com a identificação das eventuais razões para o crime, e até eventual mandante.

O partido do líder morto, assim como os movimentos sociais rurais aos quais Afonso integrava, atribuem essa nova onda de violência no campo, à falta de um política de assentamentos e reforma agrária do governo Bolsonaro, que segundo dizem, tem ensejado o retorno da violência no campo, ao sancionar a lei que ampliou o uso de milícias armadas pelos proprietários de terras, supostamente contra os trabalhadores rurais que lutam pela reforma agraria.

A morte violenta do líder trabalhador, provocou muita comoção nos segmentos políticos e sociais, por conta da sua luta em favor da reforma agrária e do “Povo Sem Terra” de Mato Grosso.

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